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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Pela Graça Através da Fé
de:   C.H. Spurgeon       
                  
"Vendo a graça de Deus revelada em Cristo Jesus".



Porque Deus é gracioso, os pecadores são perdoados, convertidos, purificados e salvos. Não é por causa de algo neles, ou daquilo que já possa estar neles, que são salvos, mas por causa do amor ilimitado, da bondade, da piedade, da compaixão, da misericórdia e graça de Deus. Descanse um momento no manancial. Veja como o rio puro de águas vivas procede do trono de Deus e do Cordeiro.
Quão vasta é a graça de Deus! Quem pode medir a sua largura? Quem pode sondar a sua profundidade? Assim como todo o resto dos atributos divinos, ela é infinita. Deus é cheio de amor, pois “Deus é amor”. Deus é cheio da bondade; da bondade ilimitada e o amor se encontra na própria essência da Divindade. É porque “a Sua misericórdia dura para sempre” que não somos destruídos. Porque as “Suas compaixões não falham” que os pecadores são conduzidos a Ele e perdoados.
Lembre-se disso ou você pode cair no erro de fixar tanto a sua mente na fé que é o canal da salvação que se esquece da graça que é a fonte e até origem da própria fé. A fé é a obra da graça de Deus em nós. Ninguém pode dizer que Jesus é o Cristo senão pelo Espírito Santo. “Ninguém vem a Mim”, disse Jesus, “exceto aquele que o Pai que Me enviou o atrair”. Assim a fé, que está vindo de Cristo, é o resultado da atração divina. A graça é a primeira e a última causa da salvação, e a fé, essencial como ela é, é apenas uma parte importante do maquinário que a graça emprega. Somos salvos “através da fé”, mas a salvação é “pela graça”. Ecoam estas palavras com a trombeta do arcanjo: “Pela graça sois salvos”. Que boas novas para o indigno.
A fé ocupa a posição de um canal ou tubo condutor. A graça é a fonte e a correnteza. A fé é o aqueduto ao longo do qual o fluxo da misericórdia flui para refrescar os filhos sedentos dos homens. É uma grande perda quando o aqueduto é quebrado. É uma triste visão olhar em torno de Roma muitos aquedutos nobres que não conduzem mais a água para a cidade, porque os arcos estão quebrados e as estruturas maravilhosas estão em ruínas. O aqueduto deve ser mantido inteiro para conduzir a corrente e do mesmo modo a fé deve ser verdadeira e sólida, conduzindo direto até Deus e vindo direto para baixo até nós, para que se torne um canal útil da misericórdia para a nossa alma.
Novamente lembro vocês que a fé é só o canal ou aqueduto, e não a nascente da fonte, e não devemos olhar tanto para ela para exaltá-la acima da fonte divina de toda a bênção que está na graça de Deus. Nunca faça ´cristo´ fora da sua fé, nem pense nele como se fosse a fonte independente da sua salvação. A nossa vida é encontrada no olhar para Jesus, não no olhar para a nossa própria fé. Pela fé todas as coisas se tornam possíveis para nós, contudo o poder não está na fé, mas em Deus sobre quem a fé descansa. A paz dentro da alma não é proveniente da contemplação da nossa própria fé, mas vem a nós Dele que é a nossa paz, da orla de cujo vestuário a fé toca, e a virtude sai Dele para a nossa alma.
A fraqueza da sua fé não destruirá você. Uma mão trêmula pode receber um presente de ouro. A salvação do Senhor pode vir a nós embora tenhamos a fé somente como um grão da semente de mostarda. O poder está na graça de Deus e não em nossa fé. Grandes mensagens podem ser enviadas através de fios delgados e a paz dá testemunho de que o Espírito Santo pode alcançar o coração por meio de uma fé semelhante a um filamento que parece quase incapaz de sustentar o seu próprio peso. Pense mais NAQUELE para quem você olha do que em seu próprio olhar. Você deve olhar para longe até mesmo do seu próprio olhar e ver apenas Jesus, e a graça de Deus revelada Nele.
Fonte:Revista O Vencedor, Editora Restauração.

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