“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem
de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos
rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta. Olhando para
Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto,
suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. Hebreus
12:1-2
O escritor aos Hebreus nos fala
da carreira da fé que nós cristãos, inevitavelmente, temos de correr e,
atentos, saltarmos os obstáculos que surgem nesta corrida. Nesta parte, o
escritor nos assemelha ao atleta que corre num estágio.
Na arena da fé não é diferente
para nós cristãos, uma vez que nossa corrida consiste em vencermos os
obstáculos que se opõem à vontade de Deus em nossas vidas e de uma vida que
dignifique o nosso Grande “Técnico”. Uma vida cristã frutífera é aquela
coroada de êxito, depois de vencidos os obstáculos internos e externos; cuja fé
foi o fator determinante da vitória.
“Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas,
e todas as murmurações...” 1 Pedro 2:1
“Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de
agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é
coroado se não militar legitimamente...” 2 Timóteo 2:4-5
A tradução do grego diz ‘peso’.
Diz do pecado como um fardo. Os interesses próprios; as ansiedades; os cuidados
desta vida; a avareza; inveja; fingimentos; amarguras tornam-se como um peso
sobre o corredor, impedindo-o de correr livremente, sem empecilho ou embaraço
algum.
“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade,
correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo
aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa
corruptível; nós, porém, uma incorruptível...” 1 Coríntios
9:24-25
O corredor e sua preparação, bem
como a própria corrida, exigem a mais completa concentração, autodisciplina,
ritmo e atenção. Não é o indivíduo que começa bem ou quem impressiona a outros
com suas habilidades e conhecimentos, que se torna o vencedor nessa corrida;
mas é o homem que persevera e que a termina bem. Ainda na figura do atleta, analisamos
que o mesmo deve abster-se de todo peso, o que consiste de autodisciplina. No
âmbito espiritual diz das concupiscências da carne, que por sua vez arrogam ao
corredor sua incompatibilidade e ineficácia na carreira.
O grande e perfeito exemplo de
vida e fé foi e é o nosso Senhor Jesus, o qual nos garante a vitória sob
quaisquer aspectos, uma vez que não desviemos os olhos dEle (Jesus Cristo). O
escritor nos exorta a não por os olhos em outra pessoa. No passado e no
presente, vemos bons exemplos de corredores; porém, o único e perfeito foi o
Senhor Jesus. Desde então, por Este ser fiel em suas promessas, com certeza Ele
mesmo, sendo autor e consumador da nossa fé, pelo seu Espírito Santo nos torna
mais que vencedores. O olhar fixo nEle nos diz que sem Ele nada poderemos
fazer.
Ao analisar nossa ‘arena’ da fé,
sob a ótica de um corredor em uma corrida de revezamento, entendemos que cada
um de nós, em particular, temos nossa trajetória a cumprir. É como se o
‘bastão’ foi-nos passado pelos grandes heróis da fé, que hoje nos assiste, como
testemunhas, e agora nos compete a concluir com êxito o que nos foi legado. O
modo como a vamos correr, depreende do corredor a autodisciplina sob os olhos
do Grande Treinador. A paciência, um dos frutos do Espírito, deve ser sempre a
companheira inseparável do corredor, pois ela o ajudará nas intempéries da
corrida da fé.
Vejo-me nesta carreira como um
corredor convicto de que devo me desvencilhar de tudo aquilo que venha desviar
o meu olhar do Senhor Jesus. Entendo que sou, às vezes, levado a isto; e que
até mesmo chego a perder as passadas, a paciência…
Mas, alegro-me quando vejo à minha frente, o meu Mestre, Aquele que me ajuda, conforta e me anima. Seu olhar me transmite segurança e coragem, e me indica a manter o ritmo com paciência e fé. Com Ele, sou mais do que um vencedor… A paciência sempre me acompanhará deste que eu O tiver sob os meus olhares. Não devo temer os obstáculos, até porque se não existissem, não seria isto uma “corrida”. Então, quando enfim, chegar o dia, quero também dizer como o apóstolo Paulo:
Mas, alegro-me quando vejo à minha frente, o meu Mestre, Aquele que me ajuda, conforta e me anima. Seu olhar me transmite segurança e coragem, e me indica a manter o ritmo com paciência e fé. Com Ele, sou mais do que um vencedor… A paciência sempre me acompanhará deste que eu O tiver sob os meus olhares. Não devo temer os obstáculos, até porque se não existissem, não seria isto uma “corrida”. Então, quando enfim, chegar o dia, quero também dizer como o apóstolo Paulo:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4.7).
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