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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


           A Igreja de Cristo deve ter irmãos edificados e ligados através de Juntas e Ligamentos




Este é um ministério que Deus deu a toda a igreja. A todos os santos. Observemos o texto de Efésios 4:16 : “de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” este versículo se desenvolve em três etapas distintas:

·         de quem todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxilio de todas as    juntas...
·         segundo a justa cooperação de cada parte...
·         efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

Aqui temos uma seqüência encadeada para a edificação. O Espírito Santo está afirmando que é o próprio corpo que produz o seu aumento e a sua edificação.  O próprio corpo que se edifica.
Mas como o corpo vai produzir esta edificação? Notemos que não podemos alcançar a terceira etapa sem passar pela segunda. O corpo produzirá esta edificação quando houver a justa cooperação de cada parte (cada membro), e não pela cooperação de alguns poucos. Aqui temos novamente o ministério de todos os santos
            Agora vamos à pergunta principal: Como alcançar isto? Como levar cada membro a dar a sua justa cooperação?  A resposta encontra-se na primeira parte do versículo.  Para que cada membro do corpo faça a sua parte, é necessário que todo o corpo esteja bem ajustado e ligado pelo auxílio de toda junta. Necessitamos que o corpo esteja ajustado e ligado, e o meio de obter isto é através das juntas.
Esta palavrinha foi esquecida pela igreja, mas temos que lembrar que o Espírito Santo não está fazendo poesia sobre o corpo de Cristo. O Espírito Santo está usando uma linguagem humana para nos falar de uma realidade espiritual. Sabemos bem o que é um membro do corpo humano, por isso podemos entender o que é um membro no corpo de Cristo, e como cada membro é importante. Então, devemos saber bem o que é uma junta no corpo humano, para sabermos como são as juntas no corpo de Cristo. Pois bem: O que é uma junta?
O texto de Colossenses 2:19 ajuda muito porque ali fala de juntas e ligamentos “e não retendo a Cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com o aumento concedido por Deus.”
Conforme dicionário ligamento é uma parte fibrosa muito resistente, que serve para ligar os ossos ou os órgãos. As juntas são articulações que formam conexões entre os ossos. Os ligamentos passam por dentro das juntas e dão firmeza e resistência a estas ligações. Juntas e ligamentos, portanto, servem para harmonizar o corpo humano. Cada membro do corpo humano deve estar no seu devido lugar de funcionamento, firmado e consolidado por um vínculo específico forte e resistente, com outros membros.
Se as juntas e ligamentos no corpo humano são "conexões" entre os membros, no corpo de cristo, logicamente, são relações fortes, resistentes e específicas entre os membros, que produzem suprimento, cooperação, crescimento e edificação. Se a igreja não estiver assim estruturada, ela será como uma "sacola de membros" e não como um corpo. Uma sacola pode conter todos os membros de um corpo, mas se não estiverem vinculados por juntas e ligamentos, não haverá harmonia nem vida. Quem não está vinculado desta forma ao corpo, não retém a cabeça, pois não pode ser comandado pelo cabeça. Como a cabeça pode comandar uma “sacola de membros”?
Assim, a principal função do ministério Pastoral e  todos os líderes ministeriais  é ajudar, é ordenar os santos, com seus relacionamentos adequados, para que o corpo produza aumento e edificação, pela cooperação de cada parte. Toda a prática, de como estas coisas podem acontecer, não é explicada na carta aos efésios, mas podemos aprender vendo nos evangelhos e no livro de atos, como Jesus e os apóstolos praticaram estas realidades espirituais, no desenvolvimento de uma relação pautada no discipulado.

A         A Igreja de Cristo é a comunidade da Paz


 “É ele (Cristo) quem faz com que o corpo todo fique bem ajustado e todas as partes fiquem ligadas entre si por meio da união de todas elas. E, assim, cada parte funciona bem, e o corpo todo cresce e se desenvolve por meio do amor.” Efésios 4:16
 
 “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” Efésio 4:1-3 NVI 

Buscamos crescer como uma comunidade de filhos da Paz. Filhos que buscam em suas orações, súplicas e ações de graça em todos os dias, pelo fim do medo, ansiedade, culpa, ou qualquer outro sentimento de aflição gerado pelo mundo que vivemos. Há uma necessidade crescente por Cristo.
Como prisioneiros voluntários de Cristo selamos nossos relacionamentos com vínculos de Paz, sobre a pauta do discipulado Cristão. Entendemos que o discipulado desenvolvido por Cristo para com seus apóstolos é o caminho do crescimento na plenitude e maturidade de Cristo. Entendemos que não é fácil, é o tal caminho estreito citado pelo próprio Cristo.
É importante ressaltar que tais pilares básicos não constituem uma “lei” exterior, imposta ao por nós aos discípulos de Cristo, mas fluíram da nossa vida, pela raiz da vida cristã, que é o amor que o Espírito Santo derramou em nossos corações. Ficamos sob a bênção do Altíssimo Deus, quando de coração obedecemos à sua vontade.
Que o Senhor nos desperte para fazermos diariamente uma autocrítica e uma avaliação de nosso caminhar, de nossa realidade atual (que se ainda nos envergonha muito e nos deixa em desvantagem e terrível contraste com a realidade da vida de Cristo) possa ser diferente, caso nossa vida seja transformada e assim possamos ser a expressão de Cristo aqui na terra. Se somos o único agente pelo qual importa que os homens sejam salvos, temos que nos mobilizar, nos quebrantar, nos humilhar e pedir que o Senhor nos cure e faça resplandecer sobre nós o seu rosto para que a terra conheça o seu caminho e seu nome seja glorificado.
O mundo que nos cerca precisa ver e experimentar a nova vida em Cristo, ver a unidade da Igreja, ver o evangelho que é vivido por nós, ver os milagres, ver o amor de Deus em nossos relacionamentos e perceber o poder de nosso testemunho em face de sermos intrépidos por causa do Espírito Santo em nós, busquemos, pois a unidade e Cristo, o evangelho em sua pureza, os milagres, o amor e uma profunda e intensa oração pela coragem e intrepidez para anunciarmos a palavra, a tempo e fora de tempo. Amém!




        A Igreja de Cristo é a comunidade do Amor de Deus.


Jesus disse que o que sobressairia na comunidade dos discípulos seria o amor entre si, “nisto conhecerão que sois meus discípulos se tiveres amor uns pelos outros” (João 13:55). Este é o mandamento principal e fundamental entre irmãos, a comunidade de Cristo é a comunidade do Amor, pois deve obedecer ao mandamento maior do nosso senhor:

“O meu mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome. O que eu mando a vocês é isto: amem uns aos outros.” João 15: 12-17 NTLH.

Além disso, relatou também o apóstolo João:

“... Queridos amigos, amemos uns aos outros porque o amor vem de Deus. Quem ama é filho de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não o conhece, pois Deus é amor.”
 1 Jo 4: 7-8 NTLH.
Nunca podemos esquecer o que cada um de nós é em relação aos seus irmãos na fé: membros do Corpo de Cristo. O apóstolo fala assim: “Ora, vós sois corpo de Cristo, e, individualmente, membros desse corpo” (1 Coríntios 12.27). Esse fato nos traz grande responsabilidade: “... porque somos membros uns dos outros” (Efésios 4.25). Ser membro do Corpo de Cristo leva cada um de nós a ser membro um do outro, numa relação que não se pode desfazer. Só o pecado, que nos afasta de Deus, pode afastar-nos uns dos outros. Temos um vínculo com os irmãos que não podemos e não queremos negar. Fomos redimidos pelo precioso sangue de Cristo e, assim, somos irmãos de sangue, pertencendo a uma só família, a família de Deus. É grande o número de vezes que a Escritura fala de como devemos ser uns em relação aos outros, mas o Amor é o maior mandamento, é a essência de Deus, sendo assim não há alternativa senão colocar o Amor de Deus como algo básico em uma Comunidade Cristã.
Lembrando em nossas relações que quando Cristo manda que amemos como Ele amou, está pedindo algo impossível de conseguir por nós mesmos, mas Paulo nos diz que o que era impossível por causa da nossa debilidade Deus fez possível o cumprimento pelo Espírito. A lei do Espírito de vida em Cristo me livrou da lei pelo pecado do egoísmo. Agora tenho em mim uma nova força, a vida de Cristo. Tenho a capacidade de amar como Jesus amou, porque estou livre da lei do pecado, porque morri para ela, agora “...não vivo eu, mas Cristo vive em mim...”       (Gálatas 2:20). Já não sou eu quem tenta amar, é Cristo quem ama em mim. A lei do Espírito de vida me livrou da lei do egoísmo e enche-me com uma nova lei: a lei do amor. O amor não é uma nova lei, mas uma graça (capacitação), uma dádiva. Sim, é um mandamento porque revela a vontade de Deus, mas é uma graça porque é fruto do Espírito.
Vivemos para que o amor a vida de Cristo em nós cresça. Consideramos que à medida que conhecemos a verdade de Deus e à medida que conhecemos os nossos irmãos e suas necessidades, iremos crescendo em amor. Também iremos desenvolvendo maneiras práticas de amar. Pela renovação de nosso entendimento, iremos sendo transformados até o fim; nosso caráter, nossa conduta, nosso estilo de vida, nossas aspirações, a administração de nossos bens e talentos; tudo irá se modificando para chegar a ser autêntica demonstração do amor de deus derramado em nossos corações. Que toda a nossa vida possa resumir-se dizendo que temos disposto toda ela em favor de nossos irmãos. Como Cristo.

   A Igreja é a Comunidade do sangue e da cruz de Cristo.

“... Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte – morte de cruz.
Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que o mais importante de todos os nomes para que, em homenagem ao nome de Jesus todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelho declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai. Filipenses 2:5-11 NTLH

Watchman Nee descreve em seu livro Vida Cristã Normal, sobre como o sangue e a cruz de cristo devem ser buscados de maneira prática nas nossas vidas, segundo Nee o apóstolo Paulo nos dá a sua própria definição da vi­da cristã em Gálatas 2.20. E "não mais eu, mas Cristo". E não declara aqui alguma coisa especial ou singular — um alto nível de cristianismo. Apresenta portanto o plano normal de Deus, para o cristão, que pode ser resumido nas seguintes palavras: “Vivo não mais eu, mas Cristo vive a Sua vida em mim.”
Segundo ele, Deus nos revela claramente, na Sua Palavra, que so­mente há uma resposta para cada necessidade humana — Seu Filho, Jesus Cristo. Em toda a sua ação a nosso res­peito, Deus usa o critério de nos tirar do caminho, pondo Cristo, o Substituto, em nosso lugar. O Filho de Deus ofereceu seu Sangue ao Pai e morreu em nosso lugar, para obter o  perdão pelos nossos pecados. Portanto devemos ter nossa consciência purificada pelo Sangue. Não importa se nossos sentimentos dizem o contrário. Se confessarmos o nosso pecado, pondo-o na luz, temos que crer que o Sangue de Cristo já atuou e que não precisamos confessar confessar e confessar até nossos sentimentos avaliarem se estamos ou não perdoados. É este o fundamento que nos firmamos: Nunca devemos procurar estar limpos diante de Deus, de nossa consciência e vencer as acusações de satanás tendo por base a nossa boa conduta e sim, confiando no Sangue na obra que já foi feita por Cristo em nosso favor. Que possamos ver mais do valor do precioso Sangue de Cristo, aos olhos de Deus, pois assim venceremos até o final.
“... E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte...” Ap 12:11
Cremos, pois, que o Sangue trata objetivamente com os nossos pecados. Porém, notamos que isso não basta para caminharmos em rumo ao propósito de Deus. Só com o Sangue, continuaríamos a pecar e confessar, pecar e confessar e pecar e confessar indefinidamente. Por isso é necessário que não só nossos pecados sejam tratados, mas o pecador seja tratado. E aí que entra a cruz de Cristo. Não somos pecadores porque cometemos pecados e sim pecamos por sermos pecadores. É mais por constituição do que por ação. Há pecadores maus e pecadores bons, pecadores morais e pecadores corruptos, mas todos são igualmente pecadores. O problema não é no que fazemos, mas no que nós somos. A cruz nos liberta daquilo que somos.
A cruz diz respeito ao fato que Cristo agora vive em vez de nós, para alcançar o nosso livramento, essa é a vida na Cruz. Podemos falar, pois, de duas substituições — uma Substi­tuição na Cruz, que assegura o nosso perdão, e uma Substituição interior que assegura a nossa vitória. Ajudar-nos-á grandemente, e evitará muita confusão, conservar constantemente perante nós este fato. Deus responderá a todos os nossos problemas de uma só forma: mostrando-nos mais do Seu Filho.
A vida comunitária nesse sentido tem como objetivo apoiar cada irmão nesses propósitos, procuramos responder a cada instante a seguinte questão: Como, afinal, podemos nós morrer para nós mesmos e renascer em Cristo? Então entendemos que grandes esforços não nos libertará des­ta vida pecaminosa, o caminho sempre será reconhecer que Deus em Cristo cuidou da nossa situação. É esta a idéia contida na seguinte declaração do apóstolo Paulo: "todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batiza­dos na sua morte" (Rm 6.3)NVI. Se, porém, Deus solucionou nosso caso "em Cristo Je­sus", logo temos que estar nEle, para que isto se torne realidade eficaz, e assim surge problema igualmente gran­de. Como podemos "entrar" em Cristo? É neste sentido que Deus vem de novo em nosso auxílio. Não temos mes­mo meio algum de entrar nEle, mas o que importa é que não precisamos tentar entrar, porque já estamos nEle. Deus fez por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos. Ele nos colocou em Cristo. Quero recordar I Co 1.30: "Vós sois dele (isto é, de Deus), em Cristo Jesus". Não nos cabe sequer de divisar um caminho de acesso ou elaborar um plano. Deus fez os planos necessários. Não só planejou como também exe­cutou o plano. "Vós sois dele, em Cristo Jesus". Estamos nEle; portanto, não precisamos procurar entrar. É um ato divino, e está consumado.
A palavra de Deus nunca diz que nós derramamos o nosso sangue juntamente com Cristo. Na Sua obra expia­tória, perante Deus, Ele agiu sozinho. Ninguém poderia participar dele com Ele. O Senhor, no entanto, não mor­reu apenas para derramar o Seu sangue: morreu para que nós pudéssemos morrer. Morreu como nosso Represen­tante. Na Sua morte Ele incluiu a você e a mim.  A Cruz é, pois, o poder de Deus que nos transfere do pecado- Adão- para uma nova vida, uma vida santificada por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

 Igeja: A Comunidade de Jesus Cristo.

Paulo é o único dentre os escritores do Novo Testamento a falar da igreja como corpo de Cristo, um organismo vivo. Precisamos, portanto primeiro reconhecer que a igreja é um corpo espiritual, o próprio corpo espiritual de Cristo.
Nas Escrituras, a palavra “igreja” denota o corpo daqueles que se submeteram ao evangelho de Cristo e foram redimidos pelo sangue de Cristo no seu sentido congregacional, local e universal.
Primeiro, o corpo dos redimidos quando se reúnem ou congregam para adorar a Deus é chamado de “a igreja”. Quando Paulo reprovou a igreja em Corinto por sua falta de unidade nas reuniões, ele usou a palavra “igreja” para a assembléia dos cristãos. Ele disse: “... estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja...” (1 Coríntios 11:18)NVI.
Segundo, “igreja” é um termo usado para o corpo dos redimidos numa localização definida. O corpo dos redimidos em Corinto é chamado de “a igreja de Deus que está em Corinto” (1 Coríntios 1:2)NVI.
Terceiro “igreja” é um termo usado para o número total dos redimidos por todo o mundo. Paulo referiu-se à igreja num sentido universal, quando disse: “Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Efésios 5:23) NVI.
Muitos confundem o significado apropriado da palavra “igreja”. Tal confusão não deve existir, pois a Bíblia é clara a respeito disso.
O que é “a igreja” então?  É um corpo espiritual composto por aqueles que obedeceram ao evangelho de Cristo, tornaram-se Seu povo e estão adorando e trabalhando como Seu povo em determinada comunidade. Usam o nome dEle e são Seu corpo espiritual na terra. Honram a Cristo em todas as coisas. Esse corpo espiritual é um organismo vivo, onde o Espírito do Deus vivo habita.
Ser parte da igreja não significa simplesmente participar de uma organização humana ou ser filiado a um grupo. Significa ter um relacionamento íntimo e progressivo com Cristo.
Entra-se na igreja, o corpo de Cristo, por fé. Essa resposta de fé envolve arrependimento (Atos 17:30-31), confissão de que Jesus é o Filho de Deus (Romanos10:10) e batismo em Cristo (Romanos 6:3; Gálatas 3:27).
No momento do batismo, os pecados são lavados e, por meio do novo nascimento, o convertido se torna uma parte do corpo de Cristo (Atos 2:38, 41, 47; 22:16;1 Coríntios 12:13).
A igreja do Novo Testamento é projetada, criada, habitada e sustentada pelo Senhor. Organizações humanas procedem da terra, do homem; a igreja do Novo Testamento procede dos céus, de Deus. A igreja pertence a Cristo – ela usa o nome dEle, reúne-se para adorar a Ele, realiza o trabalho dEle na terra e é habitada pelo Espírito dEle.
É Cristo quem estende o convite a todas as pessoas para que entrem em Sua igreja segundo Seus termos de salvação (Apocalipse 22:17) e para que vivam no mundo como Sua igreja, de modo digno de sua vocação.
Sobre o senhorio de Cristo o apóstolo Paulo recomenda:
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” Efésio 4:1-6 NVI RA.


O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS
   
Devemos receber totalmente em nossos corações as verdades sobre o Reino de Deus. Mente e coração serão  tomados do conhecimento da glória que há no propósito do Senhor. O propósito (alvo, meta) é que vai direcionar todo o nosso comportamento, trabalho, ênfase, enfoque e maneira de agir. Se quisermos verdadeiramente cooperar com Deus, devemos conhecer bem seus desejos, seu propósito, seu coração. Tudo o que fizermos, só terá valor eterno, na medida em que cooperar com o propósito de Deus


Por anos, muitos cristãos têm vivido sem conhecer qual é o propósito (objetivo) de Deus para com suas vidas.  Muitos têm crido, equivocadamente, que nossa meta como cristãos é chegar aos céus. Baseiam-se para isso em textos como os de I Timóteo 2:3-4; II Pedro 3:9 e ainda João 3:16. Vendo a Bíblia com um enfoque humanista, (isto é, o homem no centro), concluem que o propósito de Deus é a salvação dos homens. Tudo gira em torno do homem e de suas necessidades.

Esta visão equivocada ocorreu porque sempre víamos o propósito de Deus começando com a queda do homem. Em Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem ( Adão ) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”. Em Gênesis 3:1-17 vemos como esta doença entrou na raça humana:

“Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais”.

·      O homem tinha comunhão perfeita com Deus
·      Relacionamento, alegria, sem preocupações, abundância.
·      O que o diabo ofereceu ? à Entendimento
·      Arriscaram tudo e desobedeceram pela oportunidade de viver por conta própria.
·      Eu vou ser o meu deus. à Independência de Deus

Ao pecar o homem se tornou independente e por isso inútil para o propósito de Deus.Sendo assim, como o homem está perdido, a salvação do homem se tornou o centro do propósito eterno de Deus. Aqui estava o erro e aqui devia ser feita a correção. É claro que Deus quer salvar a todos os homens. Isto vemos claramente nos textos de I Timóteo 2:3-4; II Pedro 3:9 e João 3:16. Mas nós não devemos confundir aquilo que Deus deseja com o que é o seu propósito.

Ø O propósito de Deus não surgiu com a queda do homem, é algo que já estava em seu coração desde antes da fundação do mundo (Efésios 1:4,11).

Então podemos argumentar da seguinte forma: se antes da fundação do mundo Deus tinha o propósito de salvar o homem, e fez o homem para cumprir este propósito, então Deus é cúmplice do pecado. Deus necessitava que o homem pecasse para poder cumprir o seu propósito. Quando Deus disse: "Não coma deste fruto", na verdade, Ele queria que o homem comesse e pecasse, e ficasse perdido e em trevas, para, então, poder cumprir com seu propósito de salvar os homens.

Tudo isso é uma grande contradição.  É claro que Deus quer salvar os homens, mas isto foi necessário por causa da queda. Entretanto, necessitamos conhecer a primeira intenção de Deus, o propósito que Ele tinha em seu coração quando fez o homem, pois seu propósito é imutável.  DEUS NÃO MUDOU DE PROPÓSITO POR CAUSA DA QUEDA.



"Também disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem,  conforme a nossa semelhança". Gênesis 1:26. A intenção de Deus ao criar o homem era de ter uma grande família de muitos filhos à sua própria imagem, e encher a terra com uma família que expressasse a sua glória e autoridade (Gênesis 1:27-28).Como Adão tinha sido criado à imagem de Deus, e cada ser se reproduzia segundo a sua própria espécie, quando Adão e Eva se multiplicassem, reproduziriam filhos a imagem de Deus.


Todos nós conhecemos a triste história. O pecado de Adão foi uma intromissão violenta e diabólica no propósito de Deus. Por meio dele o homem se tornou culpado, alvo da ira de Deus, merecedor de castigo eterno, expulso da presença de Deus e sem comunhão com Ele. "O salário do pecado é a morte".

Mas houve uma conseqüência ainda maior. O problema não foi apenas que o homem se tornou culpado diante de Deus, mas também a sua própria natureza se "estragou", se corrompeu. O homem perdeu a imagem de Deus, tornou-se numa outra criatura. Não era mais o mesmo homem, era um homem morto para Deus; inútil para cumprir seu propósito.

Já sabemos que cada ser se reproduz segundo a sua própria espécie. Portanto, quando Adão se corrompeu, toda a sua descendência ficou arruinada. (Gênesis 5:3; Romanos 5:12).


Embora o homem pecasse, Deus não mudou o seu propósito inicial. Deus não tem diversos planos, nem muitos propósitos; não criou um novo alvo, nem abriu mão do que queria desde o princípio.

Deus necessita agora criar uma nova raça, porque todos os descendentes do primeiro homem ficaram inúteis para o seu propósito. Como fez isso?

"O primeiro homem, Adão, foi feito ser vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual e, sim, o natural; depois o espiritual.  O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e como é o homem celestial, tais também os celestiais."
I Coríntios 15:45-48

Pelo nascimento natural (de carne e sangue), pertencemos a raça de Adão, estragada e inútil. Mas pelo novo nascimento nos tornamos participantes da raça celestial.

Adão perdeu a imagem de Deus porque foi rebelde (Gênesis 3:1-7). Jesus, que é a imagem do Deus invisível (Colossenses 1:15), sempre fez a vontade do Pai (João 4:34), e em tudo lhe agradou (João 8:29), foi obediente até a morte (Filipenses 2:8).

Todo o homem que crê naquele que o Pai enviou (João 6:29), nega-se a si mesmo e toma a sua cruz (Mateus 16:24), perde a sua vida (Mateus 16:25), recebe o senhorio de Jesus Cristo (Romanos 10:9) e se batiza em Jesus Cristo (Marcos 16:16), este se torna uma nova criatura (II Coríntios 5:17), recebe a natureza de Deus (II Pedro 1:4) e recebe a imagem daquele que o criou (Colossenses 3:10).
               
Toda a glória do plano de Deus havia se perdido no pecado. Mas Deus Pai não desistiu. Qual a sua esperança?  "Cristo em vós, a esperança da glória"  (Colossenses 1:27).

No livro Autoridade Espiritual de Watchmam Nee temos uma bela e explicação acerca da restauração do propósito de Deus a partir de texto na carta do Apostolo Paulo aos Filipensaes  , vejamos:

Tende em vós o mesmo sentimento que hou­ve também em Cristo Jesus, pois ele, subsis­tindo em forma de Deus não julgou como usur­pação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tor-nando-se em semelhança de homens; e, reco­nhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua con­fesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp. 2:5-11).  

Assim explicou Watchmam Nee: “ A passagem de Filipenses 2 é dificílima de ex­plicar, pois é muitíssimo controvertida além de ser muitíssimo santa. Vamos descalçar nossos pés e pisar terreno santo recapitulando esta passagem bíblica. Parece que no princípio houve um con­selho da Divindade. Deus idealizou um plano para a criação do universo. Nesse plano, a Di­vindade concordou que a autoridade fosse repre­sentada pelo Pai. Mas a autoridade não pode ser estabelecida no universo sem a obediência, pois não pode existir sozinha. Portanto, Deus tem de encontrar a obediência no universo. Seriam cria­dos dois tipos de seres vivos: os anjos (espíritos) e os homens (almas viventes). De acordo com sua onisciência, Deus previu a rebelião dos anjos e a queda dos homens; por isso não lhe foi pos­sível estabelecer sua autoridade nos anjos ou na raça adâmica. Consequentemente, dentro do acordo perfeito da Divindade, essa autoridade se­ria atendida pela obediência no Filho. A partir daí começaram as operações distintas de Deus Pai e Deus Filho. Um dia Deus Filho se esvaziou e, tendo nascido em semelhança de homem, tornou--se o símbolo da obediência. Considerando que a rebeldia surgiu nos seres criados, a obediência teria agora de ser estabelecida num ser criado. O homem pecou e se rebelou; por isso a auto­ridade de Deus tem de ser estabelecida na obe­diência do homem. Isto explica por que o Senhor veio ao mundo e foi feito igual ao homem criado.

O nascimento de nosso Senhor é na realidade o aparecimento de Deus. Em lugar de permane­cer como Deus com autoridade, colocou-se ao lado do homem, aceitando todas as limitações do homem e assumindo a forma de escravo. Ele enfrentou o possível perigo de não ser capaz de retornar com glória. Se desobedecesse na terra como homem, ainda poderia reclamar o seu lu­gar na Divindade usando de sua autoridade ori­ginal; mas, nesse caso, teria para sempre que-brado o princípio de obediência. Havia duas formas de o Senhor retornar: uma era obedecendo absolutamente e sem reservas como homem, estabelecendo a autoridade de Deus em todas as coisas, em todas as ocasiões, sem o menor toque de rebeldia; assim, passo a passo, através da obediência a Deus, tornar-se-ia o Senhor de tudo. A outra seria forçando o seu caminho de volta, reclamando e usando a au­toridade, o poder e a glória de sua divindade, se considerasse a obediência impossível através da fraqueza e limitações da carne humana. Mas o Senhor ignorou o segundo caminho e trilhou humildemente o caminho da obediên­cia — até a morte. Tendo-se esvaziado, recusou voltar atrás. Ele jamais tomaria um caminho as­sim ambíguo. Se o Senhor falhasse no caminho da obediência, depois de renunciar sua glória e autoridade divinas, assumindo a forma de es­cravo, jamais teria novamente retornado com glória. Só através da obediência como homem é que ele retornou. Assim ele retornou com base na obediência perfeita e singular. Embora sacrifí­cio fosse acrescentado a sacrifício, ele demonstrou obediência absoluta, sem o menor toque de re­sistência ou rebeldia.

Consequentemente, Deus o exaltou grandemen­te e o fez Senhor quando retornou à glória. Não foi Jesus que se encheu com aquilo de que uma vez se esvaziara; antes, foi Deus Pai. Foi o Pai que trouxe este Homem de volta à glória. E, as­sim, Deus Filho também é agora Jesus Homem em seu retorno à glória. Por causa disto, o nome de Jesus é preciosíssimo; não há ninguém no universo igual a ele. Quando na cruz exclamou "Tudo está consumado!", proclamou não somente a consumação da salvação mas também o cum­primento de tudo o que seu nome significa. Por­tanto, ele obteve um nome que está acima de todo nome, e diante do seu nome todo joelho deverá se dobrar e toda língua deverá confessar que Jesus é Senhor. Doravante, ele é Senhor bem como Deus. Ser Senhor fala do seu relaciona­mento com Deus, de como foi recompensado por Deus. Ser Cristo revela o seu relacionamento com a igreja.

Resumindo, então: quando o Filho deixou a glória não pretendia retornar com base nos seus atributos divinos; pelo contrário, desejou ser exal­tado como homem. Desta maneira, Deus confir­mou seu princípio de obediência. Como é im­prescindível que sejamos totalmente obedientes sem o mais leve traço de rebeldia! O Filho retor­nou ao céu como homem; foi exaltado por Deus depois que obedeceu na semelhança de homem. Vamos encarar este grande mistério da Bíblia. Quando se despediu da glória e se revestiu da carne humana, o Senhor determinou não regres­sar por virtude de seus atributos divinos. E tendo jamais dado o menor sinal de desobediência, foi exaltado por Deus com base em sua humanidade. O Senhor abandonou a sua glória quando veio; mas quando retornou, não só recebeu de volta essa mesma glória, mas recebeu ainda glória muito maior.

Que nós também tenhamos esta mente que havia em Cristo Jesus. Vamos todos trilhar o caminho do Senhor e nos apegar à obediência tornando muito nosso este princípio da obediên­cia. Sujeitemo-nos uns aos outros. Tendo uma vez entendido este princípio não teremos di­ficuldade em discernir que nenhum pecado é mais sério do que a rebeldia e nada é mais im­portante do que a obediência. Só no princípio da obediência podemos servir a Deus; só obedecendo como Cristo obedeceu podemos reafirmar o prin­cípio divino da autoridade, pois a rebeldia é a operação do princípio de Satanás.” Autoridade Espiritual por Watchman Neee. Editora Vida.

               
A obra redentora de Cristo Jesus é algo tão tremendo, tão maravilhoso, que corremos o risco de vê-la como se fosse o todo. Esta salvação é tão grandiosa que temos a tendência de confundi-la com o próprio propósito de Deus. Mas não é assim. Jesus Cristo, o admirável Filho de Deus, com sua obra redentora, deu uma nova vida ao homem, restaurando-lhe a comunhão com o Pai. E também deu a Deus os recursos de infinita graça, para que ele continue com o seu plano eterno. A redenção efetuada por Jesus Cristo e encarnada pela igreja, é O MEIO para Deus restaurar todas as coisas, e assim concluir seu propósito.

A redenção nunca poderia ser UM FIM em si mesma, mas apenas UM MEIO de graça para consertar um grande erro.  Para Paulo, a redenção nunca foi o propósito de Deus. Ele entendia que o propósito de Deus era a família eterna (Efésios 1:4-5; Romanos 8:28-29). Uma família perfeita em Cristo (Filipenses 3:12-14). Sua obra para o Senhor NÃO CONSISTIA EM BUSCAR APENAS A REDENÇÃO DO HOMEM, MAS EM APRESENTAR ESTE HOMEM A DEUS, RESTAURADO À IMAGEM DE JESUS CRISTO (Colossenses 1:28).


"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados SEGUNDO O SEU PROPÓSITO.  Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem CONFORMES A IMAGEM DE SEU FILHO, a fim de que Ele seja o primogênito entre MUITOS  IRMÃOS". Romanos 8:28-29

Este texto nos mostra com clareza que Deus quer UMA FAMÍLIA DE MUITOS FILHOS SEMELHANTES A JESUS. Vejamos por etapas:

ü  UMA FAMÍLIA.  Isto nos fala da UNIDADE. Este é um requisito indispensável para o cumprimento do propósito de Deus. Embora isto não esteja enfatizado no texto acima (nem seria necessário), porque filhos a imagem de Jesus não podem ser brigões e facciosos, está claro em outras passagens como: João 17:20-22; I Coríntios 1:10-12; 3:1-4; 10:16-17; Efésios 2:14-16; 3:15;  4:1-6, 12-16; Filipenses 1:27; 2:1-4.

ü  DE MUITOS FILHOS: Isto nos fala de MULTIPLICAÇÃO. Discípulos fazem discípulos, etc. (Mateus 28:18-20).

ü  SEMELHANTES A JESUS.  Isto nos fala da EDIFICAÇÃO.  Não é suficiente que sejam muitos; é necessário que tenham qualidade de vida (Efésios 1:4-5; II Coríntios 3:18; Efésios 4:13). Portanto, entendemos que o propósito de Deus envolve a MULTIPLICAÇÃO de vidas que vão ser edificadas em UNIDADE, para crescerem até a ESTATURA DE JESUS CRISTO.

".. até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo". Efésios 4:13