WebRádio VidaOnline

domingo, 28 de julho de 2013

Crianças imaturas ou cristãos espirituais que podem ser usados por Deus?


“Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele. Que a vida de vocês seja dominada pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus!” (Efésios 5:1-2, NTLH)
Mais que filhos, somos filhos queridos de Deus. Precisamos compreender o quanto somos importantes para o nosso Deus, que mesmo, na nossa atitude que poderíamos dizer: sem qualquer merecimento, sem qualquer ato que pudesse justificar uma ação de Deus em nosso favor, que não a nossa condenação eterna; Ele se move para nos resgatar, para nos trazer para a sua comunhão. E o nosso Senhor faz isso, abrindo mão do que era e quem era para vir ao nosso meio, como homem, para que pudesse nos resgatar para o nosso Deus. Mas não só resgatar, mas fazer nos filhos.
Não adianta dizermos que somos cristão, que estamos salvos, que amamos a Deus, mas se não vivemos conforme ele é. Continuarmos a viver uma vida que tínhamos antes, é o mesmo que rejeitar tudo que Deus fez, é afirmarmos em atos, é negarmos tudo que é o nosso Deus, sua vida e o seu amor por nós. Não temos outra palavra para expressar nossa rejeição.

Devemos entender que viver o cristianismo não é algo etéreo,sublime, distante, longe de nossa realidade, mas é algo para vivermos no nosso dia a dia. E é neste dia a dia que revelamos o Deus que conhecemos. Somente vivemos o reino de Deus, somente experimentamos da graça verdadeira, quando tomamos, dia após dia, a nossa cruz para seguir o Senhor, para viver como ele viveu em nosso meio e fez as escolhas que fez.
Se achamos que podemos continuar a viver e a buscar as mesmas coisas que buscávamos antes, então não compreendemos quem somos, e nem o nosso estado de filhos de Deus. E como filhos, temos que viver e ser como ele é. Não é uma possibilidade, não é uma alternativa, é a única maneira. Somente experimentamos de Deus, sua vida, e vemos esta vida se manifestar através de nós, quando tomamos a atitude de fazer morrer a natureza humana, para vivermos no espírito como o nosso Deus deseja que vivamos, revelando e manifestando o seu reino através de nossas vidas.
Viver o reino de Deus nesta terra é uma decisão de morrer que tomamos. Morrermos para nós mesmos, nossa vontade e desejos; para vivermos segundo a vontade e o querer de nosso Pai, que nos fez filhos, mais que filhos, filhos amados.
Tendo tal conhecimento, qual será a nossa atitude? Que compromisso temos assumido diante de Deus? Onde temos colocado o nosso coração? O que desejamos buscar? O que queremos ser? Crianças imaturas ou cristãos espirituais que podem ser usados por Deus? A resposta está em ser imitadores dos passos de Jesus. Precisamos andar como Ele andou. Precisamos ofertar nossas vidas em favor dos outros como ele ofertou. Precisamos sacrificar nossas vidas em favor dos outros como Ele sacrificou. Estas atitudes exigem amadurecimento e comprometimento dos discípulos de Cristo. Andemos em amor como Ele andou!

sábado, 27 de julho de 2013

Você considera Doutrina importante?


Que Prioridade os Autores do Novo Testamento Dão à Sã Doutrina?

Os autores do Novo Testamento constantemente sustentam que a sã doutrina é algo de importânciaprimária.
1) Nas epístolas pastorais, Paulo repetidamente diz aos pastores que ensinem e aos membros de igreja que atentem para a sã doutrina:
  • “Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina” (1Tm 1.3).
  • “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1Tm 4.16).
  • “Ensina e recomenda estas coisas. Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende” (1Tm 6.2b-4a).
  • “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
  • “[O presbítero deve ser] apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (Tt 1.9).
  • “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1).
2) Os autores do Novo Testamento insistem que a sã doutrina é essencial para uma vida sã (Jo 17.17; 1Tm 1.5; Tt 2.1-10; 2Jo 1-6).
3) Com efeito, Paulo estrutura suas epístolas de modo a demonstrar que a sã doutrina é essencial para a vida sã. Ele começa com a doutrina, e então aplica àquela doutrina à vida. Considere a relação entre Romanos 1-11 e 12-16; entre Gálatas 1-4 e 5-6; entre Efésios 1-3 e 4-6; e entre Colossenses 1-2 e 3-4.
4) No fim das contas, a sã doutrina é absolutamente crucial porque o evangelho é doutrina. Se quisermos crer no evangelho, preservar o evangelho e viver à luz do evangelho, nós devemos constantemente proclamar e defender a sã doutrina.

Por Que a Teologia Bíblica é Essencial para o Discipulado e o Crescimento Cristão?

1) A teologia bíblica ensina o cristão a entender a sua própria história à luz da história de Deus. Quando um cristão entende que Deus é soberano sobre toda a história e tem executado um vasto plano de salvação por milhares de anos, isso o ajuda a colocar a sua própria história em perspectiva.
2) A teologia bíblica ensina o cristão de onde ele vem e para onde ele vai. A teologia bíblica alinha toda a história da Bíblia, desde a criação até a nova criação. Quando um cristão entende que estava no pecado, como o resto da humanidade, mas agora está sendo conduzido a uma eternidade de alegre comunhão com Deus e com o povo de Deus, isso irá inspirar perseverança, esperança e alegria no meio das batalhas.
3) A teologia bíblica ensina o cristão como a Bíblia inteira se ajusta. Se você apenas abre aleatoriamente um livro da Bíblia, sem conhecer onde ele se encaixa na história redentiva, você provavelmente ficará confuso e desencorajado. Mas a teologia bíblica ajuda os cristãos a entenderem como a Bíblia inteira se ajusta, o que ilumina o nosso entendimento de cada parte individual.
4) A teologia bíblica ensina o cristão como aplicar todas as diferentes partes da Bíblia à sua vida. Que raios têm os sacrifícios levíticos a ver com um cristão? E o que dizer da conquista de Canaã pelos israelitas? Ou o reinado de Davi e Salomão? A teologia bíblica ajuda os cristãos a entenderem todas essas porções da Escritura à luz da obra de Cristo, para onde elas apontam. Ela também ajuda os cristãos a verem como tais passagens são relevantes para a sua vida hoje.

Como Eu Posso Crescer em Meu Entendimento da Teologia Bíblica?

1) Estude as Escrituras tematicamente. Embora você deva estudar toda a Escritura de modo profundo e abrangente, pode ser especialmente útil lê-la do princípio ao fim com o objetivo de reconhecer temas que permeiam toda a Bíblia. Se você estudar como certos temas – por exemplo, criação e nova criação, descanso sabático, reino, aliança e habitação de Deus com o seu povo – são desenvolvidos ao longo da Escritura, você obterá uma visão panorâmica da glória de Deus e da maravilha da salvação.
2) Adote a atitude do Novo Testamento para com o Antigo Testamento. À medida que você estudar o Novo Testamento, preste muita atenção ao modo como ele cumpre, esclarece, amplifica e às vezes substitui algo do Antigo Testamento. Ao fazê-lo, você virá a entender a unidade da Escritura, a unidade dos propósitos salvadores de Deus ao longo da história, e a multiforme riqueza da obra salvadora de Cristo.
3) Estude o Antigo Testamento tendo em vista Jesus e o Novo Testamento. À medida que você ler o Antigo Testamento, faça perguntas tais como: “Onde esta passagem se encaixa na linha do tempo da história redentiva? Como esta passagem aponta para Jesus? Como esta passagem constrói o fundamento para aquilo que os cristãos crêem? Que luz as passagens do Novo Testamento lançam sobre essas questões?”
4) Estude os livros proféticos no Antigo Testamento. Os livros proféticos do Antigo Testamento contêm alguns dos mais ricos ensinamentos da Bíblia sobre a vida, o ministério e a supremacia de Jesus Cristo. Eles também aprofundam o nosso conhecimento de Deus e apontam para a consumação da obra salvadora de Deus.
5) Leia um bom livro de teologia bíblica. Comece com The Goldsworthy Trilogy, de Graeme Goldsworthy, ou com God’s Big Picture: Tracing the Storyline of the Bible, de Vaughan Roberts.
Tradução: Vinícius Silva Pimentel – Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website:www.MinisterioFiel.com.br / www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Você considera Doutrina importante?
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Duas Razões Pelas Quais o Amor nos Protege do Engano – John Piper


Em meu sermão no último domingo, eu argumentei a partir de 2 João 1:5-7 tal amor entre cristãos é uma grande proteção contra o engano. João escreveu: “Amemos uns aos outros, [...] porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora”. Então entendo que o amor ajuda a nos proteger de tais enganadores.
Eu disse que vi quatro razões em 2 João pelas quais o amor funciona de tal maneira. Mas apenas tive tempo de descrever duas delas no sermão. Então aqui estão as outras duas.

1 – O amor leva a sério todos os mandamentos de Deus.

Versículo 6: “E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos”. João tinha dito o seguinte em 1 João 5:2: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos”.
Isso não significa que o amor não tem afeição pelas pessoas. Mas significa sim que o amor tem clara direção de Deus. João concorda com Paulo que nós devemos amar uns aos outros com amor fraternal (Romanos 12:10). Mas o amor cristão é mais do que afeição. É uma afeição por pessoas que compartilham um comprometimento com todos os mandamentos de Deus que se aplicam a nós hoje.
A afeição cristã é cristã e afeição. Tem conteúdo cristão; e tem emoção. O que nos liga a outros crentes é que compartilhamos uma lealdade sincera e profunda a o que Deus diz que é bom para as pessoas – seus mandamentos. Nós não inventamos as maneiras de amar. Nós as aprendemos de Deus.
Uma comunidade de pessoas que amam umas as outras assim não será facilmente enganada. Por exemplo, quando sua cultura lhes diz que o caminho do amor é abraçar o chamado casamento gay, tal comunidade dirá: “Não, Deus sabe o que é bom para as pessoas. Nós amaremos as pessoas como ele ama”.  E o amor uns pelos outros aprofunda e adoça sua lealdade de permanecerem juntos em “todos os mandamentos” de Deus. Isso os protege do engano.

2 – O amor cristão é baseado na Verdade que está conosco para sempre.

João diz: “Eu [vos] amo na verdade, [...] por causa da verdade que permanece em nós e conosco estará para sempre” (2 João 1:1-2). Nosso amor uns pelos outros é fundamentado em duas coisas: 1) a verdade habita em você e em mim; e 2) a verdade estará contigo e comigo para sempre.
Isso é incomum. Entendo que isso significa que a verdade cristã é sempre mais do que convicções que guardamos em nossas mentes e corações; a verdade é também o próprio Cristo – Verdade com V maiúsculo – que não é uma convicção em nossas mentes, mas uma pessoa real conosco para sempre na comunidade do amor. “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6).
Isso implica, portanto, que meu amor por outros crentes está enraizado não apenas em nossa verdade compartilhada sobre Jesus, mas também na presença do próprio Jesus como a pessoa central em tal comunhão. E como tal, o que nos une em amor é a afeição mais profunda possível por nosso supremo Tesouro, Jesus Cristo.
Então quando o engano nos tentar a ver qualquer pessoa, ou qualquer atividade, ou qualquer tesouro como mais desejável que Jesus, o próprio amor que temos uns pelos outros nos protegerá de tal engano, porque tal amor é uma afeição compartilhada por aquele que é mais desejável do que qualquer coisa que o engano possa oferecer.


Por John Piper © 2013 Desiring God Foundation. Usado com permissão. Website em português: www.satisfacaoemdeus.org. Original: Two Reasons Why Love Protects Us from Deception
Tradução: Alan Cristie. © 2013 Ministério Fiel. Website: www.MinisterioFiel.com.brwww.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Duas Razões Pelas Quais o Amor nos Protege do Engano – John Piper
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

Cuidado com a Sedução do Mundo








"E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera..."Mateus 13:22






Jesus deixou claro que “os cuidados deste mundo” tornam a nossa vida uma árvore sem frutos: “Mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra e fica infrutífera” (Mateus 13:22).


Nós torcemos a ordem das coisas. Achamos que, como a vida é nossa, nós é que somos responsáveis por mantê-la. Em outras palavras, nós é que temos que garantir o nosso emprego, nós é que precisamos garantir a nossa saúde, nós é que somos responsáveis por nossa aposentadoria futura. A tudo isso, o Senhor chama de “sedução das riquezas”. O ruim da sedução é o seu poder de “sufocar” a palavra. 

O Senhor nos manda inverter nossa prioridade: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas. “A vantagem de buscar, primeiro, o Reino é garantir que a Palavra do Senhor não nos seja sufocada e aniquilada. Ainda que não pareça, de fato a prata e o ouro são recursos do Senhor. Que Ele nos dá, de acordo com nossas necessidades. Quando a palavra não é sufocada em nós, sempre percebemos em nós a bênção do Senhor. Não valem a pena os cuidados deste mundo.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Obediência a Palavra de Deus


Irmãos, é com grande alegria que podemos reconhecer que tão somente a bíblia é nossa regra de fé e a única capaz de nos instruir em toda boa conduta de Deus. É por demais valioso podermos usufruir de benefícios que tantos outros almejaram alcançar e termos a oportunidade de compartilharmos das inúmeras bênçãos que emanam das sagradas escrituras para nós.

"Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade" (1Pe 1.22).

O apóstolo Pedro começa sua carta afirmando que o fato dos cristãos terem ido à Cristo não era mérito próprio, mas tão somente porque foram "eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito" (1.1). Pedro também alegrava-se por saber que os crentes haviam sido gerados "para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (1.3). Importante é levarmos cativo o cuidado que devemos ter para não separarmos nossa "viva esperança" da verdade que é capaz de nos purificar por meio do Espírito Santo (1.22).

Quando Pedro escreve, "purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade" (1.22) ele tinha em mente que somente a verdade poderia purificar o coração do cristão. Isso nos é por demais importante, pois constantemente somos cercados de pessoas que "não suportaram a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (2Tm 4.3) e precisamos estar firmemente arraigados na rocha eterna que é Cristo Jesus, pois ele disse: "Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha" (Mt 7.24,25).

Tendo o entendimento dado pelo Espírito Santo de que estariam "purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade" - Pedro pôde instruir de maneira firme e eficaz os destinatários de sua carta.

Quando Pedro escreve-lhes dizendo que o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo havia "segundo a sua grande misericórdia, nos gerado de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (1.3 - ênfase minha), ele sabia que esta viva esperança não poderia ser sustentada se não fosse na palavra de Deus.

Sabemos que jamais devemos nos esquecer da imensa batalha que temos pela frente, buscando sempre aperfeiçoar nosso caráter às prescrições divinas, mas deveras importante é também estarmos certos de que podemos e devemos nos "purificar... [tão somente] na obediência à verdade" (1.22 - acréscimo meu), baseando-nos no fato de: "Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre" (1.24,25 - ênfase minha). Se a palavra do Senhor é a verdade e permanece para sempre - "o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Mt 24.35) - nada mais espúrio e antibíblico do que desprezar tal verdade.

Faremos bem se reconhecermos e aplicarmos as sábias palavras de Pedro que dizem: "Vós, portanto, amados... guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade.Amém"(2Pe3.17,18).

Amém.


Aquele que é de Deus pratica o "Bem"




“Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus.” (3 João 11).

Qual o  entendimento que devemos ter desta situação? Por que praticar o bem? Qual a motivação para a prática de boas obras em nossas vidas?

Precisamos compreender que tudo é uma questão de natureza e motivação. Se as nossas motivações estão fundamentadas em uma natureza humana, faremos as boas obras com o intuito de receber algo em troca. Normalmente fazemos para sermos recompensados, reconhecidos e glorificado entre as pessoas; ou porque estamos querendo comprar de Deus a aceitação, o perdão, ou a justificação de nosso pecado. Reflitamos! Por que de fato temos feito boas obras?

Ou se somos dos que creem que a salvação é decorrente da fé no nosso Senhor e não fazemos boas obras, porque não precisamos para receber a reconciliação; então, por que não temos realizado as boas obras que procedem de Deus?

Vamos refletir também: não seria por motivo egoísta, por preguiça, e por achar que ninguém é merecedor da graça de Deus, e nem dignos da compaixão, e por não compreendermos que o nosso papel é sermos embaixadores, representantes do reino, reconciliadores dos homens com Deus? E não agimos muitas vezes, simplesmente, pregando, e tendo uma atitude arrogante, achando que não se convertem porque não querem? E não simplesmente porque não veem o bom exemplo em nossas vidas? Agimos mais como acusadores dos homens, como puritanos e legalistas que muitas vezes somos?

Precisamos entender que a prática das boas obras, o praticar o bem, é resultante de sermos de Deus, de termos recebido a vida de Deus, sermos participantes da sua natureza. Por sermos filhos, por termos recebido um novo coração, por termos sido feitos nova criatura; então, é normal que pratiquemos as obras de Deus, revelando misericórdia, graça, bondade e o Seu amor nos nossos relacionamentos. Não estamos aqui para acusar, apontar os erros e falhas daqueles que não conhecem a Deus.

Mas como filhos, como membros do corpo, é nossa obrigação, admoestar e corrigir aqueles que conhecedores da verdade, que receberam a vida de Deus, que experimentaram e tem o entendimento do amor de Deus, não andam segundo o coração de Deus. Não é simplesmente apontar o erro e falhas, mas ser longânimo, paciente e ensinar sobre o que o Pai deseja para nós seus filhos. Precisamos como filhos, como membros uns dos outros manifestar o amor e a bondade de Deus entre os homens.

Somos filhos para revelar a justiça de Deus entre os homens, justiça que se concretiza na cruz, onde Deus reconcilia todos os homens consigo, pela submissão ao Senhor, através da morte com Ele na cruz para que rejeitada as paixões e valores da natureza humana, se viva no presente séculos como filhos da luz, revelando as virtudes daquele que nos chama para o seu reino.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

O que de fato é viver o evangelho?



O que buscamos? Buscamos segurança, queremos um solo firme onde pisar, queremos a definição clara das coisas, queremos o preto no branco, a definição clara do que pode e do que não pode, do que é do que não é; não é verdade? Mas fica a pergunta, quando decidimos servir a Deus parece que em vez de clarear, de definir as coisas, estas ficaram mais incertas, como é isso? O que de fato é viver o evangelho? O que é viver o reino de Deus? Nas várias passagens que lemos, encontramos os opostos convivendo, mas sem a harmonia que desejamos, como podemos ler em algumas passagem:
“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.” (1 Pedro 4:14).

“mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.” (1 Pedro 4:16).

Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte,” (1 Pedro 5:6).

lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5:7).

“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” (2 Coríntios 12:9).

 Ou seja: injuriados, não envergonharmos; humilhados, gloriar-nos; ansiosos, lançarmos sobre Ele; fraco que somos fortes; e assim tantas outras como: na fome, necessidade, ser vitorioso; se apanharmos, darmos a outra face; se nos obrigarem andar uma milha, irmos duas; nas nossas diferenças, está a nossa força, pois podemo ser um; o lider é o que serve; a maturidade está na dependência; a estabilidade, a convicção, na incerteza.
E o fundamento que podemos ver é que não existe o meio termo; mas a convivência dos opostos. E todas as vezes que olhamos na história da igreja, ou mesmo em nossos dias, quando se busca um lado (pender para um lado, buscando uma zona de conforto) sempre surgem as heresias, as falsas doutrinas.
A convivência e a manifestação do divino em nossas vidas e por meio da igreja, sempre acontece na convivência dos opostos, não de um lado e nem de outro, e muito menos no meio; mas na perfeita harmonia dos opostos, ou seja, entre o humano (natureza humana pecadora) e a natureza divina que deve se revelar em nossos atos.
O que precisamos entender que o importante não é a aparência, não é o que fazemos, não é o que as pessoas veem; mas sim, a motivação, a razão que nos move. Temos que compreender que a estabilidade, a nossa força, a nossa segurança tem que ser fundamentada na instabilidade dos conceitos humanos. Assim como o eterno, o definitivo está, não no que vemos; mas sim, no que não vemos. Nossa vida está firme, não no que tocamos ou sentimos; mas nas promessas e em que prometeu. Vivemos uma vida baseada na fé, e não em provas concretas. Vivemos, não para mostrar quem somos; mas sim, para revelarmos o Deus que temos e que Ele é. Encontramos vida, quando negamos a nossa vida, encontramos a paz e vida abundante; mesmo em meio a tribulação e dor. Experimentamos o melhor, o agradável, quando rejeitamos tudo que é nosso, da nossa natureza, e oferecemos as nossas vidas a Deus, como sacrifício, como um perfume e aroma suave. A prosperidade está não no que ajuntamos; mas no que damos. Quem dá, recebe, quem retém; não tem, não ajunta.
Neste mundo, vivendo o reino de Deus, não teremos estabilidade, segurança, honra como desejamos; não são as palavras de nosso Senhor; pois ele prometeu perseguição, sofrimento, dificuldade e problemas. Mas, olhamos não para o momento; e sim, para o que tem reservado para nós, o que Ele nos prometeu.

sábado, 20 de julho de 2013

Tarde Alegre






Hoje, foi a Tarde Alegre na Igreja Batista Santa Clara, Igreja que caminho com Cristo. Ver todas aquelas crianças e adolescentes, me fez refletir na Palavra de Deus, quando Jesus fala aos discípulos sobre as crianças que cercavam um grupo, disse Jesus:
"Deixai vir a mim as crianças, porque delas é o Reino dos Céus"Mt 19:13
Hoje sem dúvidas, a Igreja está de parabéns, pois podemos nos ver como as pessoas que "levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração".

Entretanto, nem sempre isso acontece, e no decorrer do ano como procedemos?
Muitas vezes ao invés de sermos canais de graça e de nos responsabilizarmos pela vida destas pequenas crianças (sejam elas nossos parentes, filho de amigos, ou alguma criança que visitamos em hospitais e orfanatos) somos iguais aos discípulos que pensam ser os donos da verdade e que sabem o que é o melhor para cada situação, agindo com repreensão e arrogância. Quantas vezes estas atitudes estão presentes bem próximo a nós, faltando o cuidado, o zelo e o amor e sobrando a repreensão desmedida, a autoridade exagerada e a arrogância.

Sigamos então, agora, o exemplo de Jesus que com sublime amor diz:"Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus".  Jesus conhece o íntimo dos corações e constantemente está a interceder e orar por nós, com suas mãos santas impostas e desejando que sejamos iguais as crianças: inocentes, puras, sem rancor, orgulho, ódio ou julgamento. Simplesmente vivendo o amor e a alegria; chorando nas quedas, mas aceitando uma mão amiga para levantar e andar novamente, aceitando amigos sem interesses e reconhecendo o amor no olhar dos pais.
Precisamos então, ser como as crianças para entrarmos no Reino dos céus. Acredito que o nosso coração precisa ser transparente, precisamos também perdoar sempre e ter uma visão otimista da vida, como elas tem. Admiro a simplicidade das crianças, elas não estão interessadas se você tem cultura, um bom emprego, bens materiais, apenas observam se você transmite amor e é isso que conquistará o seu pequeno coração. Jesus tinha um olhar voltado para as crianças, então, precisamos aprender com Jesus ,e olhar para elas com dedicação e amor. Elas são divertidas, então nunca deixe morrer a criança que existe dentro de você, não deixe que a seriedade da vida roube os momentos de lazer, de humor, de tranquilidade. Hoje foi uma bela oportunidade para praticarmos essa palavra e sermos como crianças, enfim se  divertir. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Amor de Deus... Terceira parte: A expressão do Amor de Deus está na morte de Cristo.



O assunto todo termina com Deus amando ao mundo? “Deus é amor” fala da natureza de Deus; fala do próprio Deus. “Deus amou ao mundo de tal maneira” fala da ação de Deus. Mas o amor de Deus para conosco tem uma expressão. Que é essa expressão do Seu amor? Romanos 5:8 diz: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. O amor de Deus tem uma expressão. Se amo uma pessoa e simplesmente lhe digo que a amo, esse amor ainda não está completo. A menos que o amor seja expresso, ele não é completo. Não existe amor no mundo que não tenha uma expressão. Se há amor, ele deve ser expresso. Se um amor não é expresso, não pode ser considerado como amor. O amor é muitíssimo prático. Ele não é vão e tampouco um simples assunto verbal. O amor é expresso por meio de ações. Se você põe uma bola sobre uma superfície desnivelada, pode estar certo que algo irá ocorrer; ela terminará por rolar abaixo. O mesmo ocorre com o amor. Você pode estar certo de que terá uma expressão.

Já que Deus ama ao mundo, Ele tem de estar preocupado com a necessidade do homem. Portanto, Ele deve fazer algo pelo homem. Somos pecadores. Não temos outra escolha senão ir para o inferno, e não há nenhum outro lugar para estarmos senão no lugar de perdição. Mas Deus nos amou, e Ele não estará satisfeito até que nos tenha salvado. Quando Deus diz: “Eu amo você”, Seu amor se aproximará para carregar todos os nossos fardos e remover todos os nossos problemas. Já que Deus nos ama, Ele deve prover uma solução ao problema de pecados; Ele deve prover a salvação que nós pecadores precisamos. Por essa razão, a Bíblia mostrou nos este grandioso fato: O amor de Deus é manifestado na morte de Cristo. Uma vez que somos pecadores e incapazes de salvar a nós mesmos, Cristo veio morrer de modo a solucionar o problema do pecado por nós. Seu amor cumpriu algo substancial, e isso é posto diante de nós. Agora podemos ver Seu amor de uma forma substancial. Seu amor já não é meramente um sentimento. Ele tornou-se um ato totalmente manifestado.

Nessa grande questão do amor de Deus, devemos atentar para três coisas: a natureza do amor de Deus, a ação do amor de Deus e a expressão do amor de Deus. Agradecemos e louvamos a Deus! Seu amor não é somente um sentimento em Seu interior; é também uma ação e até mesmo uma expressão e manifestação. Seu amor fê-Lo realizar o que não podemos por nós mesmos. Uma vez que Ele é amor e amou ao mundo, a salvação foi produzida. Uma vez que o homem tem pecado e uma vez que Deus é amor, muitas coisas acontecem. Se você não é pobre, não terá necessidade de mim. Por outro lado, se eu não o amo, mesmo que você seja extremamente pobre, eu não me preocuparei. A situação hoje é que o homem pecou e Deus amou; portanto, coisas começam a ocorrer. Aleluia! Muita coisa está acontecendo porque o homem pecou e Deus amou. Quando você reúne as duas coisas, o evangelho vem à existência.


 Extraído de: "O Evangelho de Deus" de Watchman Nee da  Editora Árvore da Vida

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Amor de Deus... Segunda parte: Deus ama o Homem



Isso não é tudo. O próprio Deus é amor, mas quando esse amor é aplicado a nós, descobrimos que “Deus amou ao mundo de tal maneira”(Jo 3:16). “Deus é amor” fala da Sua natureza, e “Deus amou ao mundo detal maneira” fala da Sua ação. O próprio Deus é amor; portanto, aquilo que provém Dele deve ser amor. Onde há amor, deve também haver o objeto daquele amor. Após mostrar-nos que Ele é amor, Deus imediatamente nos mostra que Ele ama ao mundo. Deus não somente nos amou, mas também enviou Seu amor. Deus não podia deixar de enviar Seu amor. Ele não podia deixar de amar ao mundo. Aleluia!



O maior problema que o mundo tem é pensar que Deus sempre nutre más intenções contra o homem. O homem acha que Deus faz exigências severas, e que é rigoroso e mesquinho. Uma vez que o homem tem dúvidas quanto ao amor de Deus, ele também duvida que Deus amou ao mundo. Contudo, uma vez que Deus é amor, Ele ama ao mundo. Se a Sua natureza é amor, Ele não pode portar-se em relação ao homem de nenhum outro modo a não ser em amor. Ele sentir-se-ia desconfortável se não amasse. Aleluia! Isso é um fato! Deus é amor. Ele não pode fazer nada a não ser amar. Deus é amor, e o que se segue espontaneamente é que Deus amou ao mundo.

Podemos culpar-nos por nossos pecados, por sermos suscetíveis à tentação de Satanás, por sermos enredados pelo pecado. Mas não podemos duvidar do próprio Deus. Você pode responsabilizar-se por cometer um pecado, por ter falhado, por sucumbir à tentação. Contudo, se duvida do coração de Deus para você, não estará agindo como um cristão, pois duvidar do coração de Deus para você é contradizer a revelação do evangelho.

Não posso afirmar que você jamais fracassará novamente. Tampouco posso afirmar que não mais pecará. Talvez você fracasse e peque novamente. Mas, por favor, lembre-se de que você falhar ou pecar é uma coisa, mas o coração de Deus para você é outra. Você nunca deve duvidar do sentimento de Deus simplesmente porque falhou ou pecou.Embora possa pecar, falhar, Deus não muda Sua atitude com você, pois Deus é amor e Ele ama ao mundo. Isso é um fato imutável na Bíblia.

Do nosso lado mudamos e transformamo-nos. Mas pelo lado do amor de Deus, não há mudança. Muitas vezes o seu amor pode mudar ou tornar-se frio. Contudo, isso não significa que o amor de Deus é afetado. Se Deus é amor, não importa como você O teste, o que provém Dele é invariavelmente amor. Se houver um pedaço de madeira aqui, não importa como o golpeie, você sempre obterá o som de madeira. Se golpeá-lo com um livro, ele lhe dará o som de madeira. Se golpeá-lo com a palma da mão, ainda assim ele dará a você o som de madeira. Se golpeá-lo com outro pedaço de madeira, ele novamente lhe dará o som de madeira. Se Deus é amor, não importa como você O “golpeie” — rejeitando-O, negando-O ou deixando-O de lado — Ele ainda é amor. Uma coisa é certa: Deus não pode negar a Si mesmo; Ele não pode contradizer-se. Uma vez que somos o próprio ódio, é absolutamente natural que odiemos. E uma vez que Deus é amor, é absolutamente natural que Deus ame. Ele não pode mudar a própria natureza. E uma vez que a natureza de Deus não pode ser mudada, Sua atitude com você não pode ser mudada. Dessa forma vemos que Deus ama ao mundo.


 Extraído de: "O Evangelho de Deus" de Watchman Nee da  Editora Árvore da Vida

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O Amor de Deus... Primeira parte: Deus é Amor


A Bíblia nunca deixa de chamar a atenção ao amor de Deus. Para iniciarmos a busca por um entendimento acerca desse Amor, devemos considerar três aspectos do amor de Deus. Primeiro, Deus é amor. Segundo, Deus ama o homem. E, terceiro, a expressão do amor de Deus está na morte de Cristo. 

Vejamos o primeiro ponto: Deus é amor. Isso está registrado em 1 João 4:16:

“Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.”

Aqui não diz que Deus ama. Tampouco diz que Deus poderia amar ou que Deus pode amar ou que Deus amou ou amará. Pelo contrário, diz que Deus é amor. Que significa dizer que Deus é amor? Significa que o próprio Deus, Sua natureza e Seu ser, é amor. Se pudéssemos dizer que Deus tem uma substância, então a substância de Deus é amor.

A maior revelação da Bíblia é que Deus é amor. Essa é a revelação de que o homem mais necessita. O homem tem muitas suposições e teorias sobre Deus. Ponderamos todo o tempo sobre que tipo de Deus nosso Deus é, que tipo de coração nosso Deus tem, quais as Suas intenções com relação ao homem, a que Ele é semelhante. Você pode perguntar a alguém sobre a ideia dele a respeito de Deus, e ele lhe dará o seu conceito.

Ele achará que Deus é desse ou daquele tipo de Deus. Todos os ídolos no mundo e todas as imagens feitas pelo homem são produto da imaginação do homem, que acha que Deus é um Deus aterrador ou um Deus severo. Ele concebe Deus desta ou daquela maneira. O homem está sempre tentando analisar e investigar a que Deus se assemelha. A fim de corrigir as diferentes suposições que o homem tem sobre Deus, Ele se manifesta na luz do evangelho e mostra ao homem que Ele não é um Deus inacessível ou inatingível.

Afinal, Deus é o quê? Deus é amor. Esta afirmação não estará clara para você a menos que eu dê uma ilustração. Suponha que exista aqui uma pessoa paciente. A paciência está ali, aconteça o que acontecer, não importando quão difíceis ou quão más sejam as condições. Não podemos dizer que tal pessoa tenha agido pacientemente; o advérbio pacientemente não pode ser usado para descrevê-la. Nem podemos dizer que ela seja paciente, usando um adjetivo. Devemos dizer que ela é a própria paciência. Talvez não nos refiramos a ela pelo seu nome. Em vez disso, às ocultas, poderíamos dizer que a Paciência chegou ou que a Paciência falou. Ao dizermos que Deus é amor, queremos dizer que amor é a natureza de Deus; Ele é amor de dentro para fora. Portanto, não diríamos que Deus é amoroso, usando um adjetivo ou que Deus ama, usando um verbo. Pelo contrário, diríamos que Deus é amor, aplicando o substantivo a Ele.
Em nosso amigo,  Paciência não conseguimos encontrar precipitação; ele é a própria paciência; não é apenas paciente. Ele é simplesmente um amontoado de paciência. Você acha que nessa pessoa poderia haver precipitação? Poderia ele perder a calma? Poderia ele trocar palavras ásperas com os outros? É impossível que ele tome tais atitudes, pois em sua natureza não existe o elemento para fazê-las. Não há algo como mau humor em sua natureza. Não há algo como precipitação em sua natureza. Ele é simplesmente a paciência.

O mesmo ocorre com Deus, que é amor. Deus como amor é a maior revelação na Bíblia. Para todo cristão, a maior coisa a saber na Bíblia é que Deus é amor. Para Deus é impossível odiar. Se Deus odiar, não apenas terá um conflito com quem quer que Ele odeie, mas também terá um conflito Consigo mesmo. Se Deus odiasse qualquer um de nós aqui hoje, Ele não teria problema só com essa pessoa; Ele teria problema Consigo mesmo. Deus teria de criar um problema Consigo mesmo antes que pudesse odiar ou fazer algo de maneira que não fosse em amor. Deus é amor. Embora essas três palavras sejam muito simples, elas nos dão a maior revelação. A natureza de Deus, a essência da vida de Deus, é simplesmente o amor. Ele não pode fazer nada de outra maneira. Ele ama e, ao mesmo tempo, Ele é amor.

Se você é um pecador, pode estar querendo saber o que deve fazer antes que Deus venha amá-lo. Muitas pessoas não conhecem o pensamento de Deus para com elas. Elas desconhecem o que Deus está pensando ou que intenções Ele tem. Muitos acham que deveriam fazer algo ou sofrer ou ser muito conscienciosos antes que pudessem agradar a Deus. Entretanto, somente os que estão em trevas e que não conhecem a Deus pensam dessa forma. Se não houvesse evangelho, você seria capaz de pensar assim. Mas, agora que o evangelho está aqui, você não pode mais pensar dessa maneira, pois o evangelho diz-nos que Deus é amor.

Nós, seres humanos, somos apenas ódio. É extremamente difícil amarmos. Para Deus é igualmente difícil odiar. Você pode achar que é difícil amar e que não sabe como amar os outros. Mas é impossível Deus odiar. Você não tem jeito para amar e Deus não tem jeito para odiar. Deus é amor, e odiar para Ele é agir contrariamente à Sua natureza, o que é impossível que Ele faça.


 Extraído de: "O Evangelho de Deus" de Watchman Nee da  Editora Árvore da Vida

domingo, 14 de julho de 2013

Deus Precisa do Homem Que Conhece a Cruz



A qualificação para fazer a obra de Deus não se encontra no estudo teológico, na fé sólida, no entusiasmo e no amor pelas almas, mas no fato de a pessoa estar totalmente tomada por Deus. Ele precisa de homens e mulheres que tenham sido, eles mesmos, crucificados a fim de pregar aos outros a cruz de Seu Filho.
Paulo declarou: "Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e Este crucificado" (1 Co 2.2). O apóstolo sabia apenas isso e nada mais. Não vamos inferir, de maneira incorreta, que Paulo estava enfatizando a pregação. O que ele realmente ressaltava era o conhecimento. Quer estivesse em casa ou no exterior, quer estivesse sozinho ou com outras pessoas, quer estivesse convencendo indivíduos ou pregando em público, Paulo conhecia a cruz e passou a vida inteira à sombra da cruz. Na época em que vivemos, Deus precisa muito mais de pessoas que conheçam a cruz do que de pessoas que preguem sobre a cruz.
Quando Paulo estava fazendo a obra entre os coríntios, ele disse que nada conhecia a não ser Jesus Cristo, e Este crucificado. Era assim que o apóstolo pregava sobre a cruz: "Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e Este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração de Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana e sim no poder de Deus" (1 Co 2.1-5). Por favor, lembre-se de que, se você não fizer a obra com o poder de Deus, tudo o que realizar será em vão. Ao pregar o Evangelho, Paulo não usou palavras persuasivas de sabedoria, mas o poder de Deus.
Sua atitude era a de considerar-se em fraqueza, temor e grande tremor (1 Co 2.3). Deus deve fazer com que você abra mão da própria sabedoria, inteligência e habilidade antes de poder usá-lo. Hoje em dia, Ele está procurando pessoas que não confiem em si mesmas e não sejam voluntariosas. Se o Senhor encontrar tais pessoas, Ele as usará de acordo com a medida em que não confiam nas próprias capacidades. Contudo, muitas pessoas acham que, por ter a fé ortodoxa e entender a Bíblia, estão capacitadas para servir a Deus.
Porém, gostaria de declarar que o Espírito Santo só pode agir por meio daqueles que estão completamente entregues nas mãos de Deus. Apenas estes indivíduos podem ser canais para o fluir do poder da vida divina. Assim como Moisés foi o primeiro a ser tratado por Deus, você e eu também devemos ser tratados por Ele. Se Deus não tivesse trabalhado com Moisés, Ele não teria como trabalhar com os filhos de Israel. Se Deus não tivesse lidado com Moisés, Ele não poderia ter lidado com Faraó e com os egípcios. Se Ele não puder tratar conosco, não terá como tratar com as pessoas do mundo e com os espíritos malignos. Será que já fomos verdadeiramente tomados por Deus? Se sim, Ele será capaz de lidar com Satanás e com as pessoas mundanas. "E estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão" (2 Co 10.6). Paulo precisava falar aos crentes de Corinto desta maneira, pois sabia muito bem que não conseguiria lidar com aqueles que estavam em rebelião contra Deus se a maioria dos cristãos não fosse tratada antes. Ele teve de esperar que os cristãos de Corinto obedecessem, e, apenas quando submeteram-se, conseguiu lidar com os rebeldes. Se os cristãos não tivessem sido tratados antes, Paulo não teria como tratar com os poucos remanescentes.

Extraído de : Watchman Nee – “Vida Cristã Equilibrada”

sábado, 13 de julho de 2013

Por que Deus quer que oremos?


Não oramos para que Deus descubra as nossas necessidades, pois diz-nos Jesus:

“... Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mt 6.8).

Deus quer que oremos porque a oração exprime a nossa confiança em Deus, e é um meio pelo qual nossa confiança nele pode crescer. De fato, talvez a principal ênfase da doutrina bíblica da oração é que devemos orar com fé, o que significa confiar em Deus ou dele depender. Deus, como nosso Criador, se deleita ao ver que nós, suas criaturas, nele confiamos, pois a atitude de dependência ou confiança é a mais apropriada numa relação Criador/criatura. Orar com humilde confiança também indica que estamos genuinamente convencidos da sabedoria, do amor, da bondade e do poder de Deus — na verdade de todos os atributos que compõem o seu excelente caráter. Quando oramos sinceramente, nós, pessoas, na totalidade do nosso caráter, nos relacionamos com um Deus pessoal, na totalidade do seu caráter. Assim, tudo o que pensamos ou sentimos em relação a Deus se expressa na nossa oração. Nada mais natural que Deus se deleite com essa atividade, e assim a enfatize bastante no seu relacionamento conosco.

As primeiras palavras da Oração Dominical, “Pai nosso, que estás nos céus” (Mt 6.9), reconhecem nossa dependência de Deus, um Deus que é Pai amoroso e sábio, e também reconhecem que ele tudo governa do seu trono celeste. As Escrituras muitas vezes enfatizam a necessidade de confiarmos em Deus ao orar. A oração eficaz é possível por intermédio de nosso Mediador, Jesus Cristo. Como somos pecadores, e Deus é santo, não temos direito nenhum, por nós mesmos, de comparecer perante ele. Precisamos de um mediador que aja entre nós e Deus e nos leve à presença de Deus. As Escrituras claramente ensinam:

“Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5).

O que é orar “em nome de Jesus”? Diz Jesus:

“Tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13-14).
Diz também que escolheu seus discípulos
“a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda” (Jo 15.16).
Igualmente, diz:
“Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome. Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (Jo 16.23-24; cf. Ef 5.20).
Devemos orar a Jesus e ao Espírito Santo? Uma investigação das orações do Novo Testamento indica que geralmente não são dirigidas nem a Deus Filho nem ao Espírito Santo, mas a Deus Pai. Porém, o mero cômputo dessas orações pode ser enganador, pois a maioria das orações que temos registradas no Novo Testamento são do próprio Jesus, que constantemente orava a Deus Pai, mas logicamente não orava a si mesmo, Deus Filho. Além disso, no Antigo Testamento, a natureza trinitária de Deus não estava tão nitidamente revelada, e não é surpreendente o fato de não encontrar muitas evidências de orações dirigidas diretamente a Deus Filho ou ao Espírito Santo de Deus antes do tempo de Cristo.
O papel do Espírito Santo nas nossas orações. Em Romanos 8.26-27, diz Paulo:

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobre-maneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.”

Os intérpretes divergem sobre se os “gemidos inexprimíveis” são do próprio Espírito Santo ou nossos próprios gemidos e suspiros na oração, que o Espírito Santo transforma em oração eficaz perante Deus. Parece mais provável que os “gemidos” ou “suspiros” aqui sejam os nossos gemidos. Quando Paulo diz: “O Espírito [...] nos assiste em nossa fraqueza” (v. 26), a palavra traduzida por “assiste” (gr. sunantilambanomai) é a mesma usada em Lucas 10.40, onde Marta quer que Maria venha ajudá-la. A palavra não indica que o Espírito Santo ora em nosso lugar, mas que o Espírito Santo se une a nós e torna eficaz a nossa fraca oração. Assim, é melhor interpretar esse suspirar ou gemer na oração como suspiros e gemidos nossos, exprimindo os desejos do nosso coração e do nosso espírito, que o Espírito Santo então transforma em oração eficaz. 

Extraído de: Teologia Sistemática. Wayne Grudem, Edições Vida Nova.


Perseverança



“Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam.” Tiago 1:12

Quantas vezes nos vemos diante das tribulações, dos problemas, e ficamos a imaginar o quanto somos pequenos, que não damos conta de suportar tamanha dificuldade, que não podemos e não conseguimos resolver? Sim, na maioria das vezes nós ficamos a pensar e olhar para os problemas e o quanto eles são grandes em relação ao que podemos fazer.
Não é esta a vontade de Deus para as nossas vidas, não é este o Seu desejo. Ele quer, em cada provação, dificuldade que aprendamos a descansar e a esperar Nele, mas principalmente, que reconheçamos que dependemos somente Dele, para suportar e passar por todos os problemas.
O objetivo de toda tribulação e dificuldade colocada diante de nós, não é para que aprendamos a lutar e a passar pelas mesmas, mas, que aprendamos a depender de Deus, como sendo o único que provê o livramento, que dá o descanso, que nos dá a vitória. Precisamos compreender que o objetivo não é sairmos vitoriosos, à luz dos olhos do mundo, mas, que aprendamos a descansar e a depender do Senhor. Que aprendamos a reconhecer que é na nossa fraqueza e incapacidade de resolver os problemas que está a graça de Deus manifesta de forma poderosa.
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” Romanos 8:28
Precisamos entender o que significa vitória para os filhos de Deus, pois muitas vezes, nossas vitórias podem representar uma grande derrota aos olhos do mundo. Podem significar perdas: materiais, de pessoas amadas que gostaríamos de manter em nosso convívio, do emprego. Mas, o importante não é o que perdemos em sentido material, mas, em como saímos desta luta.  Aprendemos a depender, a descansar e a esperar no Altíssimo, então crescemos, amadurecemos e conhecemos mais do Seu coração.
Convivemos dia após dia com  dificuldades, no trabalho, em casa com os filhos, com o cônjuge, com colegas e amigos de trabalho, com familiares, parentes próximos, e problemas das mais diversas formas, doenças, relacionamento, falta de amadurecimento, de responsabilidade, etc. Mas, o importante, é sermos simplesmente canal, instrumento de Deus, e principalmente: Deus não nos colocou próximos a estas vidas, para resolvermos os seus problemas, mas para sermos canais pelos quais Deus fala, revela e mostra o Seu amor. Por isso, em cada situação precisamos aprender a olhar não com os nossos olhos, não com o nosso coração; mas com os olhos e o coração de nosso Deus. Precisamos aprender a descansar no Senhor. Ele cuida de nós, nos ensina a falar e revelar em atitudes o Seu amor para com cada vida. Não podemos forçar as pessoas, a querer fazer o que desejamos. Devemos orar, descansar e desejar ardentemente que aquele coração, aquela vida, possa ouvir o que Deus está falando.Depender do Senhor em tudo, é onde está a nossa vitória na provação.