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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Processo da Salvação



A salvação é o processo pelo qual Deus nos acolhe de novo em seus braços, nós, os filhos pródigos, afastados voluntariamente de Sua presença. A salvação é o processo pelo qual Deus nos resgata (tira, liberta) das trevas para a luz. Ela não pode ser objeto de orgulho por parte de quem é salvo, porque não é uma conquista humana; antes, é o resultado do dom gratuito de Deus. Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo,
“...pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios2.4-9)
A característica distintiva da verdade do Evangelho de Cristo é a graça, a salvação não brota a partir do coração humano. Por mais que uma  pessoa seja dada a fazer o bem, por mais que suas obras sejam excelentes, a salvação não vem de si mesma. A Salvação é um ato da graça de Deus. Então vem a pergunta: o que é a graça divina? E como esta graça atua em nossa vida?
Graça é definida como favor, misericórdia, perdão. A graça é um atributo, uma característica divina exercida para com os seres humanos. Não a buscamos, porque não podemos, pois ela nos foi dada pôr Deus. 
Ao cair em pecado, o homem experimentou as amargas consequências da transgressão. Naquela condição, não havia nada que pudesse fazer para modificar a sua situação. Não fosse a intervenção divina, e a humanidade estaria condenada a uma miserável existência e por fim a morte, sem nenhuma esperança de vida. 
A graça de Deus provê uma porta de saída para a condição pecaminosa do homem. Deus, sabendo  que o homem por si só nada poderia fazer, já havia estabelecido um plano de salvação, caso o pecado entrasse no mundo. Deus em sua misericórdia executou fielmente o Seu plano, e Jesus veio até nós, pagou o preço que o pecado exigia: a morte. Com Sua vida santa e sem pecado, e com Sua morte em sacrifício, Jesus comprou o direito de salvar perfeitamente a todos quantos crerem no Seu nome.  
Somente um amor inexplicável é capaz de executar este plano maravilhoso. Agora, nós que fomos criados com a capacidade de escolher o que queremos para nossa vida, poderemos ou não aceitar este precioso presente divino. Está em nós aceitar ou não este sacrifício de amor.
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Afirmamos que receber da graça de Deus a salvação em Cristo Jesus, sem acrescentar a isto qualquer coisa mais, é o único meio que a Bíblia apresenta, pelo qual devemos ser salvos . 
A salvação é um presente de Deus. E presente é de graça. Aqueles que aceitam este precioso presente, que é o perdão divino, passam a viver uma vida de conformidade com a vontade do Senhor. Deus também dá poder para que se possa ter uma experiência vitoriosa. Quando isso acontece como resultado da presença de Jesus na vida, a obediência não é exercida para salvar. Mas como consequência, como resultado de um coração renovado, e salvo pela graça do Senhor Jesus Cristo. Quando nos tornarmos semelhantes a Jesus, nossa conduta refletirá o retrato do nosso relacionamento com o Salvador. A obediência não se tornará um fardo, e sim  uma alegria. Você pode estar imaginando que os Mandamentos são um fardo que o cristão terá que levar por toda a vida. Mas se você pensar em Deus como um Pai amoroso que só quer o bem para os Seus filhos, você entenderá que nosso Pai celestial jamais nos pediria algo que não fosse para nos tornar felizes. Que possamos refletir o amor de Cristo, e que nossa vida produza o suave perfume que emana de Jesus.
A resposta humana ao convite divino tem um nome, com duas operações: arrependimento e fé. Mesmo a conversão não é totalmente humana, pois que a vontade humana está corrompida para uma empreitada desta. No entanto, o próprio Espírito Santo convence (e Ele o faz para com todos, insistindo com todos, explicando a todos, não a alguns queridos de Deus). Arrepender-se e ter fé é deixar-se convencer pelo Espírito Santo, não pela razão, não pelo sofrimento, mas pelo Espírito, que usa os meios que julgar próprio para cada indivíduo. A conversão é o primeiro passo. É a volta do caminho para o Caminho. A conversão é a resposta humana ao oferecimento divino.

A Salvação tem uma dimensão passada, presente e futura:
ü  Nós fomos salvos -- a justificação
ü  Nós estamos sendo salvos -- a santificação
ü  Nós seremos salvos -- a glorificação

1- Justificação – Conforme já vimos Justificação é quando Deus declara justo a todo aquele que recebe a Cristo, baseado na justiça de Cristo sendo debitada às contas daqueles que o recebem. Apesar de que podemos achar justificação como um princípio por todas as Escrituras, a passagem principal que descreve justificação em relação aos crentes é Romanos 3:21-26:
“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3.21-26)
A justiça (justificação) de Deus não tem nada a ver com a justiça humana. Consiste em:
ü   redenção (compra da nossa alma dominada pelo pecado)
ü   propiciação (aplacamento da ira de Deus, fazendo desaparecer a culpa - é mais que perdão, pois não absolve, mas deixa o prontuário limpo; só Quem é justo pode justificar)
ü   demonstração (publicação pela cruz)

Somos justificados (declarados justos) no momento de nossa salvação. Justificação não nos faz justos, mas declara nossa justiça. Nossa justiça vem de colocarmos nossa fé no trabalho completo de Jesus Cristo. Seu sacrifício cobre o nosso pecado, permitindo com que Deus nos veja como perfeitos e sem qualquer mancha. Por causa do fato de que como crentes estamos em Cristo, Deus vê a justiça de Cristo quando Ele olha para nós. Isso alcança as exigências de Deus para perfeição; portanto, Ele nos declara justos – Ele nos justifica.
Romanos 5:18-19 resume esse conceito muito bem:
"Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos."
Por que esse pronunciamento de justiça é tão importante? "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). É por causa da justificação que a paz de Deus pode governar em nossas vidas. É por causa do FATO de justificação que crentes podem ter a garantia de salvação. É o FATO de justificação que deixa Deus começar o processo de santificação – o processo pelo qual Deus torna realidade em nossas vidas a posição que já ocupamos em Cristo.

2- A Santificação-
“Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna” (Rm 6.22).
A santificação é obra do Espírito Santo na vida do cristão, e tem três estágios. Essa obra é tanto instantânea como gradual. Inclui a obra transformadora do Espírito no coração do cristão, pela qual ele se torna moral e espiritualmente santo, como Deus é santo. Esta é a purificação inicial que ocorre no momento do novo nascimento, conhecida como santificação. Um segundo momento inclui o processo de transformação, quando o Espírito Santo vai convencendo e transformando o crente à semelhança de Cristo até a glorificação no céu, como está escrito:
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3.18).
1 - O INÍCIO DA SANTIFICAÇÃO
No momento em que a pessoa nasce de novo, ocorre uma mudança moral e espiritual, definida como regeneração. Nesse momento diz-se que a pessoa foi santificada, tornou-se santa. É a santidade posicional, ou seja, a santidade de Jesus é atribuída ao crente. Pode ser que ainda não seja santo em sua conduta diária, mas a santidade de Jesus lhe é imputada quando ele crê em Cristo. As Escrituras dizem:
“Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30).
No momento que recebem a salvação, os cristãos são chamados de santos, independente de seus méritos. Paulo ao escrever aos coríntios, disse:
“A igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Co 1.2).
Numa leitura da primeira epístola de Paulo aos Coríntios evidenciará que não era uma igreja perfeita, mas sim cheia de problemas. Seus membros são chamados de carnais por Paulo, além de cometerem inúmeros pecados graves, mesmo assim Paulo inicia a carta os chamando de “santificados em Cristo Jesus”.
2 – O PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO
Ainda que o Novo Testamento fale sobre o começo definido da santificação, também tem a vê como um processo que continua por toda a nossa vida cristã. João escreveu
“O justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Ap 22.11).
Segundo escreveu Paulo aos Romanos, eles tinham sido libertos do pecado e estavam “mortos para o pecado, mas vivos para Deus” (Rm 6.11). Por outro lado, o apóstolo reconheceu que o pecado permanecia ainda na vida dos cristãos de Roma e, por essa razão escreveu:
“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como revividos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6.12-13).
Paulo reconhece que os cristãos foram santificados, no sentido de que a santidade de Cristo lhes fora imputada, porém devem desenvolver a santidade até alcançarem a estatura do varão perfeito, porque “aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
3 – SANTIFICAÇÃO COMPLETA E FINAL-A Glorificação-
Embora sejamos cristãos, o pecado ainda permanece em nosso coração. Não há promessa na Bíblia de que o cristão irá nesta vida chegar um dia a não pecar mais. Por isso a nossa santificação nunca será completa neste mundo.
A santificação completa e final com a abolição total e final do pecado, só acontecerá de duas maneiras na vida do cristão: pela morte ou pelo arrebatamento. Depois de um desses eventos será impossível o pecado alcançar o crente.
Pela morte - o autor de Hebreus diz que quando entrarmos no céu, chegaremos à “igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.33).
Com o arrebatamento - o nosso corpo será glorificado. É o que diz a Bíblia em Filipenses 3.20.21
“Aguardando o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória...”. Filipenses 3.20.21









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