A salvação é o processo pelo qual Deus nos acolhe de
novo em seus braços, nós, os filhos pródigos, afastados voluntariamente de Sua
presença. A salvação é o processo pelo qual Deus nos resgata (tira, liberta)
das trevas para a luz. Ela não pode ser objeto de orgulho por parte de quem é
salvo, porque não é uma conquista humana; antes, é o resultado do dom gratuito
de Deus. Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos
amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo,
“...pela
graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar
nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a
suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque
pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios2.4-9)
A característica distintiva da verdade do Evangelho de
Cristo é a graça, a salvação não brota a partir do
coração humano. Por mais que uma pessoa seja dada a fazer o bem, por
mais que suas obras sejam excelentes, a salvação não vem de si mesma. A
Salvação é um ato da graça de Deus. Então vem a pergunta: o que é a graça
divina? E como esta graça atua em nossa vida?
Graça é definida como favor, misericórdia, perdão. A
graça é um atributo, uma característica divina exercida para com os seres
humanos. Não a buscamos, porque não podemos, pois ela nos foi dada pôr Deus.
Ao cair em pecado, o homem experimentou as amargas consequências
da transgressão. Naquela condição, não havia nada que pudesse fazer para
modificar a sua situação. Não fosse a intervenção divina, e a humanidade
estaria condenada a uma miserável existência e por fim a morte, sem nenhuma
esperança de vida.
A graça de Deus provê uma porta de saída para a
condição pecaminosa do homem. Deus, sabendo que o homem por si só
nada poderia fazer, já havia estabelecido um plano de salvação, caso o pecado
entrasse no mundo. Deus em sua misericórdia executou fielmente o Seu
plano, e Jesus veio até nós, pagou o preço que o pecado exigia: a morte. Com
Sua vida santa e sem pecado, e com Sua morte em sacrifício, Jesus comprou o
direito de salvar perfeitamente a todos quantos crerem no Seu nome.
Somente um amor inexplicável é capaz de executar este
plano maravilhoso. Agora, nós que fomos criados com a capacidade de escolher o
que queremos para nossa vida, poderemos ou não aceitar este precioso
presente divino. Está em nós aceitar ou não este sacrifício de amor.
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu
Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna.” João 3:16
Afirmamos que receber da graça de Deus a salvação em
Cristo Jesus, sem acrescentar a isto qualquer coisa mais, é o único meio que a
Bíblia apresenta, pelo qual devemos ser salvos .
A salvação é um presente de Deus. E presente é de
graça. Aqueles que aceitam este precioso presente, que é o perdão divino,
passam a viver uma vida de conformidade com a vontade do Senhor. Deus também dá
poder para que se possa ter uma experiência vitoriosa. Quando isso acontece
como resultado da presença de Jesus na vida, a obediência não é exercida para
salvar. Mas como consequência, como resultado de um coração renovado, e salvo
pela graça do Senhor Jesus Cristo. Quando nos tornarmos semelhantes a Jesus,
nossa conduta refletirá o retrato do nosso relacionamento com o Salvador. A
obediência não se tornará um fardo, e sim uma alegria. Você pode
estar imaginando que os Mandamentos são um fardo que o cristão terá que levar
por toda a vida. Mas se você pensar em Deus como um Pai amoroso que só quer o
bem para os Seus filhos, você entenderá que nosso Pai celestial jamais nos
pediria algo que não fosse para nos tornar felizes. Que possamos refletir o
amor de Cristo, e que nossa vida produza o suave perfume que emana de Jesus.
A resposta humana ao convite divino tem um nome, com
duas operações: arrependimento e fé. Mesmo a conversão não é totalmente humana,
pois que a vontade humana está corrompida para uma empreitada desta. No
entanto, o próprio Espírito Santo convence (e Ele o faz para com todos,
insistindo com todos, explicando a todos, não a alguns queridos de Deus). Arrepender-se
e ter fé é deixar-se convencer pelo Espírito Santo, não pela razão, não pelo
sofrimento, mas pelo Espírito, que usa os meios que julgar próprio para cada
indivíduo. A conversão é o primeiro passo. É a volta do caminho para o Caminho.
A conversão é a resposta humana ao oferecimento divino.
A
Salvação tem uma dimensão passada, presente e futura:
ü Nós fomos salvos -- a justificação
ü Nós estamos sendo salvos -- a santificação
ü Nós seremos salvos -- a glorificação
1- Justificação
– Conforme já vimos Justificação é quando Deus declara justo a todo aquele que
recebe a Cristo, baseado na justiça de Cristo sendo debitada às contas daqueles
que o recebem. Apesar de que podemos achar justificação como um princípio por
todas as Escrituras, a passagem principal que descreve justificação em relação
aos crentes é Romanos 3:21-26:
“Mas agora,
sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos
profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre
todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a
redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como
propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua
tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista
a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o
justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3.21-26)
A justiça
(justificação) de Deus não tem nada a ver com a justiça humana. Consiste em:
ü redenção (compra da nossa alma dominada pelo
pecado)
ü propiciação (aplacamento da ira de Deus,
fazendo desaparecer a culpa - é mais que perdão, pois não absolve, mas deixa o
prontuário limpo; só Quem é justo pode justificar)
ü demonstração (publicação pela cruz)
Somos justificados (declarados justos) no momento de
nossa salvação. Justificação não nos faz justos, mas declara nossa justiça.
Nossa justiça vem de colocarmos nossa fé no trabalho completo de Jesus Cristo.
Seu sacrifício cobre o nosso pecado, permitindo com que Deus nos veja como
perfeitos e sem qualquer mancha. Por causa do fato de que como crentes estamos
em Cristo, Deus vê a justiça de Cristo quando Ele olha para nós. Isso alcança
as exigências de Deus para perfeição; portanto, Ele nos declara justos – Ele
nos justifica.
Romanos 5:18-19 resume esse conceito muito bem:
"Pois assim
como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação,
assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para
a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só,
muitos se tornarão justos."
Por que esse pronunciamento de justiça é tão
importante? "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por
meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). É por causa da
justificação que a paz de Deus pode governar em nossas vidas. É por causa do
FATO de justificação que crentes podem ter a garantia de salvação. É o FATO de
justificação que deixa Deus começar o processo de santificação – o processo
pelo qual Deus torna realidade em nossas vidas a posição que já ocupamos em
Cristo.
2- A
Santificação-
“Mas agora,
libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para
santificação, e por fim a vida eterna” (Rm 6.22).
A santificação é obra do Espírito Santo na vida do
cristão, e tem três estágios. Essa obra é tanto instantânea como gradual.
Inclui a obra transformadora do Espírito no coração do cristão, pela qual ele
se torna moral e espiritualmente santo, como Deus é santo. Esta é a purificação
inicial que ocorre no momento do novo nascimento, conhecida como santificação.
Um segundo momento inclui o processo de transformação, quando o Espírito Santo
vai convencendo e transformando o crente à semelhança de Cristo até a
glorificação no céu, como está escrito:
“Mas todos
nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor” (2 Co 3.18).
1 - O INÍCIO DA
SANTIFICAÇÃO
No momento em que a pessoa nasce de novo, ocorre uma
mudança moral e espiritual, definida como regeneração. Nesse momento diz-se que
a pessoa foi santificada, tornou-se santa. É a santidade posicional, ou seja, a
santidade de Jesus é atribuída ao crente. Pode ser que ainda não seja santo em
sua conduta diária, mas a santidade de Jesus lhe é imputada quando ele crê em
Cristo. As Escrituras dizem:
“Mas vós sois
dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça,
e santificação, e redenção” (1 Co 1.30).
No momento que recebem a salvação, os cristãos são
chamados de santos, independente de seus méritos. Paulo ao escrever aos
coríntios, disse:
“A igreja de
Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem
santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, Senhor deles e nosso” (1 Co 1.2).
Numa leitura da primeira epístola de Paulo aos
Coríntios evidenciará que não era uma igreja perfeita, mas sim cheia de
problemas. Seus membros são chamados de carnais por Paulo, além de cometerem
inúmeros pecados graves, mesmo assim Paulo inicia a carta os chamando de
“santificados em Cristo Jesus”.
2 – O PROCESSO
DE SANTIFICAÇÃO
Ainda que o Novo Testamento fale sobre o começo
definido da santificação, também tem a vê como um processo que continua por
toda a nossa vida cristã. João escreveu
“O justo
continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Ap 22.11).
Segundo escreveu Paulo aos Romanos, eles tinham sido
libertos do pecado e estavam “mortos para
o pecado, mas vivos para Deus” (Rm 6.11). Por outro lado, o apóstolo
reconheceu que o pecado permanecia ainda na vida dos cristãos de Roma e, por
essa razão escreveu:
“Não reine,
portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas
concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como
instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como revividos dentre os
mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6.12-13).
Paulo reconhece que os cristãos foram santificados, no
sentido de que a santidade de Cristo lhes fora imputada, porém devem
desenvolver a santidade até alcançarem a estatura do varão perfeito, porque “aquele que começou a boa obra em vós
há de completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
3 –
SANTIFICAÇÃO COMPLETA E FINAL-A Glorificação-
Embora sejamos cristãos, o pecado ainda permanece em
nosso coração. Não há promessa na Bíblia de que o cristão irá nesta vida chegar
um dia a não pecar mais. Por isso a nossa santificação nunca será completa
neste mundo.
A santificação completa e final com a abolição total e
final do pecado, só acontecerá de duas maneiras na vida do cristão: pela morte
ou pelo arrebatamento. Depois de um desses eventos será impossível o pecado
alcançar o crente.
Pela morte - o autor de Hebreus diz que quando
entrarmos no céu, chegaremos à “igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a
Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.33).
Com o arrebatamento - o nosso corpo será glorificado.
É o que diz a Bíblia em Filipenses 3.20.21
“Aguardando o
Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de
humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória...”. Filipenses
3.20.21
QUE TEXTO MARAVILHOSO !!!
ResponderExcluirGLÓRIAS A DEUS ! ALELUIAS
Amém...Tão bom é poder servir ao Senhor.
Excluir