WebRádio VidaOnline

quinta-feira, 25 de julho de 2013

O que de fato é viver o evangelho?



O que buscamos? Buscamos segurança, queremos um solo firme onde pisar, queremos a definição clara das coisas, queremos o preto no branco, a definição clara do que pode e do que não pode, do que é do que não é; não é verdade? Mas fica a pergunta, quando decidimos servir a Deus parece que em vez de clarear, de definir as coisas, estas ficaram mais incertas, como é isso? O que de fato é viver o evangelho? O que é viver o reino de Deus? Nas várias passagens que lemos, encontramos os opostos convivendo, mas sem a harmonia que desejamos, como podemos ler em algumas passagem:
“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.” (1 Pedro 4:14).

“mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.” (1 Pedro 4:16).

Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte,” (1 Pedro 5:6).

lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5:7).

“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” (2 Coríntios 12:9).

 Ou seja: injuriados, não envergonharmos; humilhados, gloriar-nos; ansiosos, lançarmos sobre Ele; fraco que somos fortes; e assim tantas outras como: na fome, necessidade, ser vitorioso; se apanharmos, darmos a outra face; se nos obrigarem andar uma milha, irmos duas; nas nossas diferenças, está a nossa força, pois podemo ser um; o lider é o que serve; a maturidade está na dependência; a estabilidade, a convicção, na incerteza.
E o fundamento que podemos ver é que não existe o meio termo; mas a convivência dos opostos. E todas as vezes que olhamos na história da igreja, ou mesmo em nossos dias, quando se busca um lado (pender para um lado, buscando uma zona de conforto) sempre surgem as heresias, as falsas doutrinas.
A convivência e a manifestação do divino em nossas vidas e por meio da igreja, sempre acontece na convivência dos opostos, não de um lado e nem de outro, e muito menos no meio; mas na perfeita harmonia dos opostos, ou seja, entre o humano (natureza humana pecadora) e a natureza divina que deve se revelar em nossos atos.
O que precisamos entender que o importante não é a aparência, não é o que fazemos, não é o que as pessoas veem; mas sim, a motivação, a razão que nos move. Temos que compreender que a estabilidade, a nossa força, a nossa segurança tem que ser fundamentada na instabilidade dos conceitos humanos. Assim como o eterno, o definitivo está, não no que vemos; mas sim, no que não vemos. Nossa vida está firme, não no que tocamos ou sentimos; mas nas promessas e em que prometeu. Vivemos uma vida baseada na fé, e não em provas concretas. Vivemos, não para mostrar quem somos; mas sim, para revelarmos o Deus que temos e que Ele é. Encontramos vida, quando negamos a nossa vida, encontramos a paz e vida abundante; mesmo em meio a tribulação e dor. Experimentamos o melhor, o agradável, quando rejeitamos tudo que é nosso, da nossa natureza, e oferecemos as nossas vidas a Deus, como sacrifício, como um perfume e aroma suave. A prosperidade está não no que ajuntamos; mas no que damos. Quem dá, recebe, quem retém; não tem, não ajunta.
Neste mundo, vivendo o reino de Deus, não teremos estabilidade, segurança, honra como desejamos; não são as palavras de nosso Senhor; pois ele prometeu perseguição, sofrimento, dificuldade e problemas. Mas, olhamos não para o momento; e sim, para o que tem reservado para nós, o que Ele nos prometeu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário