“Neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que
me pode fazer o homem?” (Salmo 56:11).
Quando a nossa maior confiança está em Deus, não somos tão
vulneráveis em relação às decepções que surgem ao lidarmos com outras pessoas.
Podemos ser autenticamente pacientes e longânimos. Ainda ficamos profundamente
magoados quando as pessoas nos decepcionam, e, certamente, não é correto fingir
outra coisa. Porém, em nossa mágoa, podemos ver essa realidade de uma
perspectiva muito maior. Quando nossos “tesouros” terrestres são ameaçados, não
reagimos da mesma maneira que reagiríamos se os mesmos fossem os nossos únicos
tesouros.
Até o ponto em que confiamos no poder de Deus para cumprir
seus propósitos à sua própria maneira, não seremos levados pelo impulso de
“controlar” o que acontece ao nosso redor e de evitar que certas coisas
aconteçam. Com o fortalecer de sua fé você descobrirá que não há mais a
necessidade de se ter uma sensação de controle, que as coisas fluirão do jeito
que devem fluir, que você fluirá com elas para sua grande alegria e benefício.
Quando confiarmos o cumprimento de nossas necessidades mais
profundas a Deus, não olharemos para outros seres humanos fazendo com que nos
forneçam mais do que são capazes de fornecer. Nossas expectativas para com as
outras pessoas serão mais realistas quando vimos Deus como a única fonte daquilo
que mais precisamos. Seguros em seu amor, não colocaremos em mais ninguém a
carga impossível de nos amar perfeitamente.
Deve-se dizer, no entanto, que a confiança na perfeição de
Deus nos liberta para vermos as nossas próprias limitações por um ângulo melhor.
O orgulho é, afinal, algo muito cansativo e improdutivo, e o reconhecimento
humilde de que não somos Deus não nos confina, dá-nos poder. Faremos um
trabalho melhor, tornando-nos verdadeiros seres humanos, quando paramos de
tentar fazer o trabalho de Deus e nos concentramos nas tarefas que
verdadeiramente nos cabem. A fé permite que as pessoas sejam pessoas porque
permite que Deus seja Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário