A transformação em um “novo homem” não é responsabilidade de
um só, mas a atuação conjunta, a nossa cooperação com Deus, realizando e
cumprindo o que Ele determina que irá levar a cabo o que Ele planejou para as
nossas vidas.
Precisamos entender que a obra mais importante, a
transformação fundamental é realizada por Deus, e é resultante da sua Graça e
do Seu Amor manifesto por nós. Em Cristo Jesus somos feitos novas criaturas,
somos libertos do poder do pecado; por isso quando Paulo escreve: “E, assim, se alguém está em
Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram
novas. ” (2 Coríntios 5:17, BEARA). Somos em
Cristo, feito novas criaturas, Deus nos concede um novo coração, dá nos da Sua
vida, reconcilia nos com Ele, para termos comunhão, para recebermos da Sua
vida, para, pelo sangue de Cristo, andarmos em Sua presença. Está é a obra mais
importante e que é fundamental; que é a nossa reconciliação, o perdão de nosso
pecado, e a libertação do poder do pecado. Em Cristo, além de sermos feito nova
criatura, recebemos da vida de Deus, do Seu Espírito, que nos ensinará e nos
guiará em toda a vontade de Deus. Assim compreendemos que embora tendo sido
feito nova criatura, agora, sim espirituais e não mais carnal, temos que fazer
com que o espirito domine e coordene todas as atividades de nosso ser.
Precisamos externar, ou seja, manifestar para o mundo a obra realizada por Deus
em nós.
Fazemos isso sozinho? Não! A externalização é algo que
depende mais de nós, é nossa responsabilidade, mas debaixo da coordenação e do
ensinamento do Espírito que nos conduz em toda a vontade do Pai. Por isso, esta
oração que o salmista faz é fundamental para compreendermos o papel que Deus
tem nesta jornada: “Sonda-me, ó Deus,
e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em
mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmos 139:23-24, BEARA). Ele nos mostra o que fazer e
como fazer.
Tendo o entendimento que Deus quem capacita, quem dá todas as
condições, que nos mostra o que precisa ser removido em cada passo o que é
pertinente a natureza humana; precisamos realizar agora, o que o Espírito
determina. Por isso, Paulo, escrevendo aos romanos, ao falar da libertação
recebida, afirma: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias
de Deus, que apresenteis o vosso corpo
por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos conformeis com este século,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. ” (Romanos 12:1-2, BEARA).
E podemos cumprir o que Paulo fala, com base no que Pedro
escreveu: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à
vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua
própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e
mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da
natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,”
(2 Pedro 1:3-4, BEARA).
Como nos livramos das paixões que há no mundo? Obedecendo as
palavras de Paulo, como ele afirmou: “Fazei,
pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza,
que é idolatria;” (Colossenses 3:5, BEARA).
Com fazemos morrer a natureza humana? Seguindo os passos que
Pedro nos deu em sua segunda carta: “por isso mesmo, vós, reunindo toda a
vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o
conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a
perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com
a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós
aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno
conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não
estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos
seus pecados de outrora.
“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa
vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.
Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. ” (2 Pedro 1:5-11,
BEARA)
De quem depende a transformação? De Deus somente? Não, Ele
irá retirar o mau de nossos atos? Não. Fazer morrer a natureza humana é
responsabilidade nossa diante da transformação, do novo ser e da capacitação
que nos foi concedida por Deus. Ele nos transformou, nos capacitou e nos
libertou para rejeitarmos tudo que provêm da natureza humana para
manifestarmos, através dos nosso membros, a Sua vida; para praticarmos as obras
de justiça de Deus perante todos os homens; para sermos sal nesta terra e luz
neste mundo.
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