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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS
   
Devemos receber totalmente em nossos corações as verdades sobre o Reino de Deus. Mente e coração serão  tomados do conhecimento da glória que há no propósito do Senhor. O propósito (alvo, meta) é que vai direcionar todo o nosso comportamento, trabalho, ênfase, enfoque e maneira de agir. Se quisermos verdadeiramente cooperar com Deus, devemos conhecer bem seus desejos, seu propósito, seu coração. Tudo o que fizermos, só terá valor eterno, na medida em que cooperar com o propósito de Deus


Por anos, muitos cristãos têm vivido sem conhecer qual é o propósito (objetivo) de Deus para com suas vidas.  Muitos têm crido, equivocadamente, que nossa meta como cristãos é chegar aos céus. Baseiam-se para isso em textos como os de I Timóteo 2:3-4; II Pedro 3:9 e ainda João 3:16. Vendo a Bíblia com um enfoque humanista, (isto é, o homem no centro), concluem que o propósito de Deus é a salvação dos homens. Tudo gira em torno do homem e de suas necessidades.

Esta visão equivocada ocorreu porque sempre víamos o propósito de Deus começando com a queda do homem. Em Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem ( Adão ) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”. Em Gênesis 3:1-17 vemos como esta doença entrou na raça humana:

“Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais”.

·      O homem tinha comunhão perfeita com Deus
·      Relacionamento, alegria, sem preocupações, abundância.
·      O que o diabo ofereceu ? à Entendimento
·      Arriscaram tudo e desobedeceram pela oportunidade de viver por conta própria.
·      Eu vou ser o meu deus. à Independência de Deus

Ao pecar o homem se tornou independente e por isso inútil para o propósito de Deus.Sendo assim, como o homem está perdido, a salvação do homem se tornou o centro do propósito eterno de Deus. Aqui estava o erro e aqui devia ser feita a correção. É claro que Deus quer salvar a todos os homens. Isto vemos claramente nos textos de I Timóteo 2:3-4; II Pedro 3:9 e João 3:16. Mas nós não devemos confundir aquilo que Deus deseja com o que é o seu propósito.

Ø O propósito de Deus não surgiu com a queda do homem, é algo que já estava em seu coração desde antes da fundação do mundo (Efésios 1:4,11).

Então podemos argumentar da seguinte forma: se antes da fundação do mundo Deus tinha o propósito de salvar o homem, e fez o homem para cumprir este propósito, então Deus é cúmplice do pecado. Deus necessitava que o homem pecasse para poder cumprir o seu propósito. Quando Deus disse: "Não coma deste fruto", na verdade, Ele queria que o homem comesse e pecasse, e ficasse perdido e em trevas, para, então, poder cumprir com seu propósito de salvar os homens.

Tudo isso é uma grande contradição.  É claro que Deus quer salvar os homens, mas isto foi necessário por causa da queda. Entretanto, necessitamos conhecer a primeira intenção de Deus, o propósito que Ele tinha em seu coração quando fez o homem, pois seu propósito é imutável.  DEUS NÃO MUDOU DE PROPÓSITO POR CAUSA DA QUEDA.



"Também disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem,  conforme a nossa semelhança". Gênesis 1:26. A intenção de Deus ao criar o homem era de ter uma grande família de muitos filhos à sua própria imagem, e encher a terra com uma família que expressasse a sua glória e autoridade (Gênesis 1:27-28).Como Adão tinha sido criado à imagem de Deus, e cada ser se reproduzia segundo a sua própria espécie, quando Adão e Eva se multiplicassem, reproduziriam filhos a imagem de Deus.


Todos nós conhecemos a triste história. O pecado de Adão foi uma intromissão violenta e diabólica no propósito de Deus. Por meio dele o homem se tornou culpado, alvo da ira de Deus, merecedor de castigo eterno, expulso da presença de Deus e sem comunhão com Ele. "O salário do pecado é a morte".

Mas houve uma conseqüência ainda maior. O problema não foi apenas que o homem se tornou culpado diante de Deus, mas também a sua própria natureza se "estragou", se corrompeu. O homem perdeu a imagem de Deus, tornou-se numa outra criatura. Não era mais o mesmo homem, era um homem morto para Deus; inútil para cumprir seu propósito.

Já sabemos que cada ser se reproduz segundo a sua própria espécie. Portanto, quando Adão se corrompeu, toda a sua descendência ficou arruinada. (Gênesis 5:3; Romanos 5:12).


Embora o homem pecasse, Deus não mudou o seu propósito inicial. Deus não tem diversos planos, nem muitos propósitos; não criou um novo alvo, nem abriu mão do que queria desde o princípio.

Deus necessita agora criar uma nova raça, porque todos os descendentes do primeiro homem ficaram inúteis para o seu propósito. Como fez isso?

"O primeiro homem, Adão, foi feito ser vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual e, sim, o natural; depois o espiritual.  O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e como é o homem celestial, tais também os celestiais."
I Coríntios 15:45-48

Pelo nascimento natural (de carne e sangue), pertencemos a raça de Adão, estragada e inútil. Mas pelo novo nascimento nos tornamos participantes da raça celestial.

Adão perdeu a imagem de Deus porque foi rebelde (Gênesis 3:1-7). Jesus, que é a imagem do Deus invisível (Colossenses 1:15), sempre fez a vontade do Pai (João 4:34), e em tudo lhe agradou (João 8:29), foi obediente até a morte (Filipenses 2:8).

Todo o homem que crê naquele que o Pai enviou (João 6:29), nega-se a si mesmo e toma a sua cruz (Mateus 16:24), perde a sua vida (Mateus 16:25), recebe o senhorio de Jesus Cristo (Romanos 10:9) e se batiza em Jesus Cristo (Marcos 16:16), este se torna uma nova criatura (II Coríntios 5:17), recebe a natureza de Deus (II Pedro 1:4) e recebe a imagem daquele que o criou (Colossenses 3:10).
               
Toda a glória do plano de Deus havia se perdido no pecado. Mas Deus Pai não desistiu. Qual a sua esperança?  "Cristo em vós, a esperança da glória"  (Colossenses 1:27).

No livro Autoridade Espiritual de Watchmam Nee temos uma bela e explicação acerca da restauração do propósito de Deus a partir de texto na carta do Apostolo Paulo aos Filipensaes  , vejamos:

Tende em vós o mesmo sentimento que hou­ve também em Cristo Jesus, pois ele, subsis­tindo em forma de Deus não julgou como usur­pação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tor-nando-se em semelhança de homens; e, reco­nhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua con­fesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp. 2:5-11).  

Assim explicou Watchmam Nee: “ A passagem de Filipenses 2 é dificílima de ex­plicar, pois é muitíssimo controvertida além de ser muitíssimo santa. Vamos descalçar nossos pés e pisar terreno santo recapitulando esta passagem bíblica. Parece que no princípio houve um con­selho da Divindade. Deus idealizou um plano para a criação do universo. Nesse plano, a Di­vindade concordou que a autoridade fosse repre­sentada pelo Pai. Mas a autoridade não pode ser estabelecida no universo sem a obediência, pois não pode existir sozinha. Portanto, Deus tem de encontrar a obediência no universo. Seriam cria­dos dois tipos de seres vivos: os anjos (espíritos) e os homens (almas viventes). De acordo com sua onisciência, Deus previu a rebelião dos anjos e a queda dos homens; por isso não lhe foi pos­sível estabelecer sua autoridade nos anjos ou na raça adâmica. Consequentemente, dentro do acordo perfeito da Divindade, essa autoridade se­ria atendida pela obediência no Filho. A partir daí começaram as operações distintas de Deus Pai e Deus Filho. Um dia Deus Filho se esvaziou e, tendo nascido em semelhança de homem, tornou--se o símbolo da obediência. Considerando que a rebeldia surgiu nos seres criados, a obediência teria agora de ser estabelecida num ser criado. O homem pecou e se rebelou; por isso a auto­ridade de Deus tem de ser estabelecida na obe­diência do homem. Isto explica por que o Senhor veio ao mundo e foi feito igual ao homem criado.

O nascimento de nosso Senhor é na realidade o aparecimento de Deus. Em lugar de permane­cer como Deus com autoridade, colocou-se ao lado do homem, aceitando todas as limitações do homem e assumindo a forma de escravo. Ele enfrentou o possível perigo de não ser capaz de retornar com glória. Se desobedecesse na terra como homem, ainda poderia reclamar o seu lu­gar na Divindade usando de sua autoridade ori­ginal; mas, nesse caso, teria para sempre que-brado o princípio de obediência. Havia duas formas de o Senhor retornar: uma era obedecendo absolutamente e sem reservas como homem, estabelecendo a autoridade de Deus em todas as coisas, em todas as ocasiões, sem o menor toque de rebeldia; assim, passo a passo, através da obediência a Deus, tornar-se-ia o Senhor de tudo. A outra seria forçando o seu caminho de volta, reclamando e usando a au­toridade, o poder e a glória de sua divindade, se considerasse a obediência impossível através da fraqueza e limitações da carne humana. Mas o Senhor ignorou o segundo caminho e trilhou humildemente o caminho da obediên­cia — até a morte. Tendo-se esvaziado, recusou voltar atrás. Ele jamais tomaria um caminho as­sim ambíguo. Se o Senhor falhasse no caminho da obediência, depois de renunciar sua glória e autoridade divinas, assumindo a forma de es­cravo, jamais teria novamente retornado com glória. Só através da obediência como homem é que ele retornou. Assim ele retornou com base na obediência perfeita e singular. Embora sacrifí­cio fosse acrescentado a sacrifício, ele demonstrou obediência absoluta, sem o menor toque de re­sistência ou rebeldia.

Consequentemente, Deus o exaltou grandemen­te e o fez Senhor quando retornou à glória. Não foi Jesus que se encheu com aquilo de que uma vez se esvaziara; antes, foi Deus Pai. Foi o Pai que trouxe este Homem de volta à glória. E, as­sim, Deus Filho também é agora Jesus Homem em seu retorno à glória. Por causa disto, o nome de Jesus é preciosíssimo; não há ninguém no universo igual a ele. Quando na cruz exclamou "Tudo está consumado!", proclamou não somente a consumação da salvação mas também o cum­primento de tudo o que seu nome significa. Por­tanto, ele obteve um nome que está acima de todo nome, e diante do seu nome todo joelho deverá se dobrar e toda língua deverá confessar que Jesus é Senhor. Doravante, ele é Senhor bem como Deus. Ser Senhor fala do seu relaciona­mento com Deus, de como foi recompensado por Deus. Ser Cristo revela o seu relacionamento com a igreja.

Resumindo, então: quando o Filho deixou a glória não pretendia retornar com base nos seus atributos divinos; pelo contrário, desejou ser exal­tado como homem. Desta maneira, Deus confir­mou seu princípio de obediência. Como é im­prescindível que sejamos totalmente obedientes sem o mais leve traço de rebeldia! O Filho retor­nou ao céu como homem; foi exaltado por Deus depois que obedeceu na semelhança de homem. Vamos encarar este grande mistério da Bíblia. Quando se despediu da glória e se revestiu da carne humana, o Senhor determinou não regres­sar por virtude de seus atributos divinos. E tendo jamais dado o menor sinal de desobediência, foi exaltado por Deus com base em sua humanidade. O Senhor abandonou a sua glória quando veio; mas quando retornou, não só recebeu de volta essa mesma glória, mas recebeu ainda glória muito maior.

Que nós também tenhamos esta mente que havia em Cristo Jesus. Vamos todos trilhar o caminho do Senhor e nos apegar à obediência tornando muito nosso este princípio da obediên­cia. Sujeitemo-nos uns aos outros. Tendo uma vez entendido este princípio não teremos di­ficuldade em discernir que nenhum pecado é mais sério do que a rebeldia e nada é mais im­portante do que a obediência. Só no princípio da obediência podemos servir a Deus; só obedecendo como Cristo obedeceu podemos reafirmar o prin­cípio divino da autoridade, pois a rebeldia é a operação do princípio de Satanás.” Autoridade Espiritual por Watchman Neee. Editora Vida.

               
A obra redentora de Cristo Jesus é algo tão tremendo, tão maravilhoso, que corremos o risco de vê-la como se fosse o todo. Esta salvação é tão grandiosa que temos a tendência de confundi-la com o próprio propósito de Deus. Mas não é assim. Jesus Cristo, o admirável Filho de Deus, com sua obra redentora, deu uma nova vida ao homem, restaurando-lhe a comunhão com o Pai. E também deu a Deus os recursos de infinita graça, para que ele continue com o seu plano eterno. A redenção efetuada por Jesus Cristo e encarnada pela igreja, é O MEIO para Deus restaurar todas as coisas, e assim concluir seu propósito.

A redenção nunca poderia ser UM FIM em si mesma, mas apenas UM MEIO de graça para consertar um grande erro.  Para Paulo, a redenção nunca foi o propósito de Deus. Ele entendia que o propósito de Deus era a família eterna (Efésios 1:4-5; Romanos 8:28-29). Uma família perfeita em Cristo (Filipenses 3:12-14). Sua obra para o Senhor NÃO CONSISTIA EM BUSCAR APENAS A REDENÇÃO DO HOMEM, MAS EM APRESENTAR ESTE HOMEM A DEUS, RESTAURADO À IMAGEM DE JESUS CRISTO (Colossenses 1:28).


"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados SEGUNDO O SEU PROPÓSITO.  Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem CONFORMES A IMAGEM DE SEU FILHO, a fim de que Ele seja o primogênito entre MUITOS  IRMÃOS". Romanos 8:28-29

Este texto nos mostra com clareza que Deus quer UMA FAMÍLIA DE MUITOS FILHOS SEMELHANTES A JESUS. Vejamos por etapas:

ü  UMA FAMÍLIA.  Isto nos fala da UNIDADE. Este é um requisito indispensável para o cumprimento do propósito de Deus. Embora isto não esteja enfatizado no texto acima (nem seria necessário), porque filhos a imagem de Jesus não podem ser brigões e facciosos, está claro em outras passagens como: João 17:20-22; I Coríntios 1:10-12; 3:1-4; 10:16-17; Efésios 2:14-16; 3:15;  4:1-6, 12-16; Filipenses 1:27; 2:1-4.

ü  DE MUITOS FILHOS: Isto nos fala de MULTIPLICAÇÃO. Discípulos fazem discípulos, etc. (Mateus 28:18-20).

ü  SEMELHANTES A JESUS.  Isto nos fala da EDIFICAÇÃO.  Não é suficiente que sejam muitos; é necessário que tenham qualidade de vida (Efésios 1:4-5; II Coríntios 3:18; Efésios 4:13). Portanto, entendemos que o propósito de Deus envolve a MULTIPLICAÇÃO de vidas que vão ser edificadas em UNIDADE, para crescerem até a ESTATURA DE JESUS CRISTO.

".. até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo". Efésios 4:13


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