A Igreja é a Comunidade do sangue e da cruz de Cristo.
“... Tenham entre
vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de
Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo
o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos.
E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até
a morte – morte de cruz.
Por isso Deus deu
a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que o mais importante de todos os
nomes para que, em homenagem ao nome de Jesus todas as criaturas no céu, na
terra e no mundo dos mortos, caiam de joelho declarem abertamente que Jesus
Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai. Filipenses 2:5-11 NTLH
Watchman Nee descreve em seu livro Vida Cristã Normal, sobre como o
sangue e a cruz de cristo devem ser buscados de maneira prática nas nossas
vidas, segundo Nee o apóstolo Paulo nos dá a sua própria definição
da vida cristã em Gálatas 2.20. E "não mais eu, mas Cristo". E não declara aqui alguma coisa especial ou singular — um alto nível de
cristianismo. Apresenta portanto o plano normal de Deus, para o cristão, que
pode ser resumido nas seguintes palavras: “Vivo não mais eu, mas Cristo vive a Sua vida em mim.”
Segundo ele, Deus nos revela
claramente, na Sua Palavra, que somente há uma resposta para cada necessidade
humana — Seu Filho, Jesus Cristo. Em toda a sua ação a nosso respeito, Deus
usa o critério de nos tirar do caminho, pondo Cristo, o Substituto, em
nosso lugar. O Filho de Deus ofereceu seu Sangue ao Pai e morreu em nosso
lugar, para obter o perdão pelos nossos
pecados. Portanto devemos ter nossa consciência
purificada pelo Sangue. Não importa se nossos sentimentos dizem o contrário. Se
confessarmos o nosso pecado, pondo-o na luz, temos que crer que o Sangue de
Cristo já atuou e que não precisamos confessar confessar e confessar até nossos
sentimentos avaliarem se estamos ou não perdoados. É este o fundamento que nos
firmamos: Nunca devemos procurar estar limpos diante de Deus, de nossa
consciência e vencer as acusações de satanás tendo por base a nossa boa conduta
e sim, confiando no Sangue na obra que já foi feita por Cristo em nosso favor.
Que possamos ver mais do valor do precioso Sangue de Cristo, aos olhos de Deus,
pois assim venceremos até o final.
“... E eles o venceram
pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas
vidas até a morte...” Ap 12:11
Cremos,
pois, que o Sangue trata objetivamente com os nossos pecados. Porém, notamos
que isso não basta para caminharmos em rumo ao propósito de Deus. Só com o
Sangue, continuaríamos a pecar e confessar, pecar e confessar e pecar e
confessar indefinidamente. Por isso é necessário que não só nossos pecados
sejam tratados, mas o pecador seja tratado. E aí que entra a cruz de Cristo.
Não somos pecadores porque cometemos pecados e sim pecamos por sermos
pecadores. É mais por constituição do que por ação. Há pecadores maus e
pecadores bons, pecadores morais e pecadores corruptos, mas todos são
igualmente pecadores. O problema não é no que fazemos, mas no que nós somos. A
cruz nos liberta daquilo que somos.
A cruz diz respeito ao fato
que Cristo agora vive em vez de nós, para alcançar o nosso livramento, essa é a
vida na Cruz. Podemos falar, pois, de duas substituições — uma Substituição na
Cruz, que assegura o nosso perdão, e uma Substituição interior que assegura a
nossa vitória. Ajudar-nos-á grandemente, e evitará muita confusão, conservar
constantemente perante nós este fato. Deus responderá a todos os nossos
problemas de uma só forma: mostrando-nos mais do Seu Filho.
A vida comunitária nesse
sentido tem como objetivo apoiar cada irmão nesses propósitos, procuramos
responder a cada instante a seguinte questão: Como, afinal, podemos nós morrer
para nós mesmos e renascer em Cristo? Então entendemos que grandes esforços não
nos libertará desta vida pecaminosa, o caminho sempre será reconhecer que Deus
em Cristo cuidou da nossa situação. É esta a idéia contida na seguinte
declaração do apóstolo Paulo: "todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados
na sua morte" (Rm 6.3)NVI. Se, porém, Deus solucionou
nosso caso "em
Cristo Jesus", logo temos que estar nEle, para que isto
se torne realidade eficaz, e assim surge problema igualmente grande. Como
podemos "entrar" em Cristo? É neste sentido que Deus vem de novo em
nosso auxílio. Não temos mesmo meio algum de entrar nEle, mas o que importa é
que não precisamos tentar entrar, porque já estamos nEle. Deus
fez por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos. Ele nos colocou em
Cristo. Quero recordar I Co 1.30: "Vós sois dele (isto é, de Deus), em Cristo Jesus". Não nos cabe sequer de divisar um caminho de acesso ou elaborar um
plano. Deus fez os planos necessários. Não só planejou como também executou o
plano. "Vós sois dele, em Cristo Jesus". Estamos nEle; portanto, não precisamos procurar entrar. É um ato divino,
e está consumado.
A palavra de Deus nunca diz
que nós derramamos o nosso sangue juntamente com Cristo. Na Sua obra expiatória,
perante Deus, Ele agiu sozinho. Ninguém poderia participar dele com Ele. O
Senhor, no entanto, não morreu apenas para derramar o Seu sangue: morreu para
que nós pudéssemos morrer. Morreu como nosso Representante. Na Sua
morte Ele incluiu a você e a mim. A Cruz é, pois, o poder de Deus que nos
transfere do pecado- Adão- para uma nova vida, uma vida santificada por Nosso
Senhor Jesus Cristo.
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