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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Estrangeiros e Cidadãos



Estrangeiros e Cidadãos

No ensinamento de Jesus e seus apóstolos, expressões como peregrino, forasteiro e estrangeiro aparecem várias vezes. No estudo do emprego destas palavras, descobrimos alguns fatos importantes para direcionar a vida de qualquer um que procura agradar a Deus.
Estrangeiros em Relação a Deus e Seu Povo
Paulo (Saulo de Tarso) foi conhecido como o apóstolo dos gentios porque, mesmo sendo judeu, ele se dedicou principalmente à missão de levar o evangelho aos outros povos (a palavra “gentios” significa “nações” e normalmente se refere, na Bíblia, a todos que não eram judeus). Ele lhes ofereceu a boa notícia de que a salvação oferecida aos judeus ficou igualmente acessível às outras nações. Em Jesus Cristo, a situação destes povos mudou. Paulo comentou sobre o estado anterior deles: “Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2:11-12). Por meio do sangue de Jesus derramado na cruz, estes mesmos gentios receberam a oportunidade de mudar a situação e deixar de ser estrangeiros. Depois de comentar sobre a redenção em Cristo, Paulo disse para as mesmas pessoas: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus”(Efésios 2:19). Em Cristo, os estrangeiros se tornam cidadãos!
Estrangeiros em Relação ao Mundo
Mesmo quando se trata de nações hoje, alguns países proíbem a dupla cidadania porque acreditam ser impossível a pessoa ser totalmente leal a dois governos. Quando se trata da monarquia absoluta do reino de Deus em contraste com este mundo e suas coisas, Jesus nega a possibilidade de dupla cidadania: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mateus 6:24).
Jesus mostrou esta diferença quando falou de pessoas que estão no mundo, mas não são do mundo. Falou sobre seus discípulos numa oração ao Pai: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (João 17:14-18).
Um destes discípulos, o apóstolo Pedro, reforçou o mesmo princípio quando falou da situação de todos os cristãos. Ele se referiu ao tempo nesta vida terrestre como o tempo da peregrinação (1 Pedro 1:17) e ensinou que estes “estrangeiros” não devem participar dos pecados carnais: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1 Pedro 2:11-12). Neste caso, ele usa a palavra “gentios” para identificar aqueles que não pertencem ao povo de Deus, pessoas não convertidas.
Os seguidores de Jesus devem viver no mundo e ter contato com pessoas que não compartilham a mesma fé, mas sempre precisam lembrar que o tempo nesta vida é curto e que o destino eterno é celestial. Paulo escreveu: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20).
Os cidadãos do reino de Cristo são residentes temporários deste mundo!
In: http://www.estudosdabiblia.net/jbd098.htm
–por Dennis Allan

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