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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Sua família pode estar vendo pornografia disfarçada de programa de TV! Entenda

Sua família pode estar vendo pornografia disfarçada de programa de TV! Entenda


Avatar de ffalvesPor Marisa Lobo em 27 de setembro de 2013
Os dados são alarmantes: a cada 15 segundos uma mulher é vítima de violência e a cada 18 minutos uma criança é abusada sexualmente no Brasil. A pornografia vende e vicia mais que as drogas, tornando-se  um mercado milionário. E aqui incluímos o consumo de pedofilia, que está em 3ª lugar, lucrando mais que tráfico de drogas  em nosso país.
A gravidez precoce e/ou indesejada  bate recorde entre as meninas de 12 a 16 anos. O número de abortos e o consumo de  pílula do dia seguinte são algumas das  graves consequências dessa banalização da sexualidade, e ainda temos uma preocupação mundial com o número crescente de casos de AIDS entre jovens, número quem vem aumentando a cada ano; e não podemos ser irresponsáveis e jogar a culpa de tudo isso na  falha da prevenção por culpa de igrejas que não permitem que se fale em camisinha e prevenção, o que é um mito. A responsabilidade social deve ser assumida e, se estes dados estão tão altos se deve à banalização da sexualidade, à sexualização precoce e ao relativismo sexual tão propagado na mídia.
Faço aqui uma defesa: A igreja, por sua vez, faz o trabalho inverso ao falar abertamente dos perigos dessa banalização sexual e incentivando cada vez mais nossas crianças e jovens a escolherem esperar até o casamento, tentando estimular, pelo menos em nosso meio, a sexualidade saudável.
Esses dados alarmantes só mostram a quantas andam  a autoestima e a saúde mental dos nossos jovens, diante de tantos comportamentos deturpados.
Crianças e adolescentes, normalmente incentivadas por essas ilusões  e mentiras propagadas com exaustão, se propõem a viver essas fantasias sem medir as consequências, sem pensar que a fantasia das novelas e dos programas  de TV em nada tem haver com a vida real, muitas vezes tão dura.
Me pergunto de onde vem tanta pornografia,  tanta banalização da sexualidade, tanto desrespeito ao seu corpo e ao corpo do outro.
A resposta é simples: vem de uma cultura  influenciada por culturas europeias do sexo, que vende o ato sexual como o realizador de todos os sonhos e o responsável pela felicidade e inteligência humana. Está infeliz? Faça sexo. Com quem? Não importa.
Para um mundo que idolatra o sexo e o vê como única forma de prazer, aliado à liberdade de uso de álcool e drogas mais pesadas, não é de se espantar que a corrida pela realização sexual traga tantos problemas sociais e familiares. Essa cultura coloca o corpo como um objeto  acima até mesmo da pessoa humana, e isso sim é insanidade, pois não somos animais irracionais. O trará resultados emocionais para cada uma de nossas ações e, pela experiência estampada em jornais e revistas, as consequências têm sido desastrosas.
Não falo mais em  inversão de valores,  pois este modo de vida que estão empurrando para nossas crianças é coordenado por doentes, por mentes depravadas sem qualquer juízo moral ou preocupação verdadeira com nossas crianças. Tenho que concordar que o que querem  mesmo é transformar mesmo nosso país em uma Sodoma e Gomorra. E isso não é frase de crente, é ação de gente que ignora e desrespeita não apenas a fé, mas as pessoas que tem fé. É paradoxal, pois falam tanto em liberdade religiosa e tratam com intolerância e perseguição aqueles que querem e gostam de viver de forma digna conforme a sua fé.
A mídia  propaga a pornografia para menores em todos os horários
Voltando A pergunta que me faço todos dos dias, outra resposta pode ser dada. O aumento de todos estes problemas relacionados e sexualização precoce é motivado direta ou indiretamente por uma cultura sexual apoiada e incentivada pela mídia, onde crianças, até em programas de TV, exibem seus corpinhos dançando funk e tantos outros ritmos. Como é o caso do programa da tarde de domingo da tão reverenciada Regina Casé, o tal Esquenta, onde a própria apresentadora ensina as crianças pequenas a colocar o dedo no bumbum e fazer gesto sensualizando, induzindo a crença de que o “Esquenta” está na região do bumbum. Um ato aparentemente inocente… só que não.
Não entendo onde está o Estatuto da Criança e do Adolescente que permite crianças fazerem parte de um programa que, nas entrelinhas do politicamente correto e do amor às diferenças, ensina e incentiva a sexualização de crianças tão pequeninas que, movidas pelo amor e entusiasmo da apresentadora, rebolam e sensualizam com suas roupinhas sensuais parecendo adultas… Lamentável.
A pornografia está sendo incentivada como algo de direito do ser humano, como algo normal e natural, sem que se leve em conta os riscos da compulsão sexual e das tantas parafilias (doenças sexuais) que podem afetar diretamente a criança, jovens e adolescentes e ainda aumentar a violência contra a mulher, a criança e o adolescente, que devem ser protegidos.
Pior ainda é o carnaval que vem aí, onde as crianças imitando adultos com seus shortinhos curtos rebolam até o chão imitando seus “ídolos”; como a Anita, que tem jeito de menina comportada em programas de TV, mas durante o show “erotiza” usando lingerie (como está em vários vídeos de internet). Simulando poses sexuais leva adolescentes ao delírio, motivando o ato sexual em publico. Sem ter entendimento (espero), estes artistas incentivam mentes doentias de homens pornográficos (parafílicos) que podem estar assistindo a seus shows e, motivados pela sua “dança sexual” que mais parece sexo explícito, abusar de mulheres; o que já é “lugar comum” em shows como estes.
Este tipo de dança das “Anitas”, e outras funkeiras, é que todos chamam hoje de uma inocente sensualização? É um incentivo para o sexo precoce entre jovens que, motivados pela sua musa, estão banalizando sua sexualidade. Só que as “Anitas” fazem isso em seus shows para “causar” e as meninas farão na vida real, ali nos shows mesmo, como a própria imprensa tem mostrado em seus flagrantes. Essas meninas podem não apenas contrair doença sexualmente transmissível como também uma gravidez indesejada.
É desta forma, fazendo espetáculos sensuais eróticos que antes eram restritos a boates de prostituição, que estas cantoras e algumas apresentadoras podem estar motivando homens doentes a estuprarem e/ou abusarem de mulheres durante a volta para casa e até mesmo de crianças, já que essas estão frequentando bailes e shows como esses cada vez mais cedo.
O fato é que artistas que vivem sensualizando em shows e principalmente em bailes funk, somado ao uso e abuso de bebidas alcóolicas e drogas, são os grandes incentivadores de um abuso sexual. Lamento que nem mesmo o Estatuto da Criança e do Adolescente se importa verdadeiramente com as crianças, pois as autoridades não se preocupam com esta realidade.
A pornografia é anti-humana
Pela sua preocupação com os órgãos e funções, a pornografia não se importa com a pessoa em si. Às novelas faltam histórias com conteúdo. Devido a essa representação sub-humana do indivíduo, a pornografia desumaniza e apresenta as relações sexuais entre os seres humanos como não tendo maior significado do que a união dos animais. De fato, a pornografia retrata atos sexuais com animais como se eles fossem apenas outra variante da experiência humana.
A clara degradação e humilhação das mulheres é o tema central das novelas e programas. Na pornografia menos violenta o abuso é menos óbvio, mas ainda assim está presente uma vez que as mulheres são tratadas como objetos sexuais, criaturas disponíveis para serem olhadas de revés, usadas e abusadas e depois substituídas por outras.
A pornografia deriva não da satisfação ou prazer, mas de tentativas de compensar medos inconstantes de verdadeiro encontro sexual. Tudo é mantido ao nível superficial e fácil: ideias de compromisso ou de casamento são evitadas ou deliberadamente ridicularizadas. Não é surpreendente, portanto, que as análises feitas recentemente sobre o conteúdo desse tipo de programas, novelas e etc. tenham mostrado que aumentou o uso de temas violentos.
A pornografia cria um ambiente que é prejudicial tanto ao desenvolvimento psicológico como moral das crianças, que estão desenvolvendo a sua visão do mundo adulto neste contexto. Elas estão sendo orientada desde os primeiros anos de vida para uma aceitação amoral da promiscuidade, e ainda são bombardeadas com imagens de sexualidade adulta muito antes de estarem emocionalmente preparadas para isso.
A pornografia, pela sua influência nos costumes e convenções, é antissocial. Os defensores da pornografia irão argumentar que a decisão de ler ou ver é individual e não diz respeito a mais ninguém; contudo, todas as indicações mostram que o uso da pornografia tem repercussões sociais. A pornografia é contra as relações humanas saudáveis e, portanto, contra a família. Devido à sua obsessão com a função sexual, a pornografia evita qualquer reconhecimento do valor das relações familiares. O casamento é ridicularizado, a promiscuidade é promovida, as relações homossexuais valorizadas e o sexo em grupo aprovado. A pornografia é contra a cultura. Muita discussão tem surgido acerca da afirmação, feita pelos seus defensores, de que a pornografia merece a mesma proteção que a melhor arte e literatura. Porém, uma das características da arte é que ela enobrece e enriquece, enquanto a pornografia toma, degrada e destrói.
E Deus o que pensa disso tudo
Vamos ver agora o que Deus diz dessa sensualização, que é um incentivo à pornografia, que nossos olhos estão se acostumando a ver e aceitar, contribuindo assim para o avanço do relativismo sexual.
Advertências contra a imoralidade sexual (pornografia, sensualização etc.)
Não quero lançar condenação, mas quanto Deus fala  em santidade e imoralidade tem um por que. Não é para condenar, e sim para dar livramento e proteger a cada um de nós dos transtornos e traumas terrenos e para garantir nossa morada na eternidade.
Vou usar como exemplo a carta de Paulo aos coríntios. A igreja de Corinto, além das divisões e partidarismos, que não agradavam ao apostolo Paulo, tinha casos sérios e tolerados pelos membros de imoralidade sexual. Essa palavra, imoralidade, vem da palavra grega porneia, pornografia etimologicamente falando. Deus está mandando fugir da pornografia. O problema em corinto era sério, pois a imoralidade dentro da igreja estava tão presente como está nos dias de hoje, fortemente influenciada pela cultura da época e pelos deuses pagãos, principalmente pela deusa Afrodite, que era conhecida como deusa do sexo.
Deus nos ensinando acerca da imoralidade
“Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de um de vocês possuir a mulher de seu pai”. 1 Co 5- 1
Na sua primeira epístola aos coríntios, Paulo faz sérias advertências sobre a imoralidade sexual e as relações sexuais ilícitas, determinando que fosse expulso da congregação um homem que havia abusado da mulher do seu pai (capítulo 5) e alertando que o homem que se une a uma prostituta torna-se uma só carne com ela.
Paulo adverte contra a pornografia
Após advertir duramente contra a imoralidade sexual na segunda parte do capítulo 6 da epístola (versos de 12 a 20), Paulo passa a falar, no capítulo 7, sobre os deveres quanto ao casamento, onde exalta a fidelidade conjugal entre o marido e a esposa. Fala daqueles fazem opção pelo celibato para se dedicarem mais às atividades eclesiásticas, porém recomenda a aqueles que não tenham a vocação para uma vida de castidade que se casem. Também permite um novo matrimônio para as viúvas, considerando serem mais adequadas às pessoas se casarem do que terem uma vida de imoralidade, contrária aos propósitos divinos.
Paulo adverte contra qualquer prática sexual que não seja natural (homem e mulher)
Nesta epístola está claro o conhecimento da existência e a não aceitação da prática do sexo dito não natural. Nos versos de 9 a 10 do capítulo 6 é utilizada a palavra sodomita, fazendo uma menção às práticas homossexuais das cidades de Sodoma e Gomorra que, de acordo com o livro de Gênesis, foram destruídas por Deus na época de Abraão em decorrência de sua total imoralidade.
“Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.” 1 Co 6:9-10
Seu corpo é templo do Espírito
Você  pode dizer “o corpo sou meu, eu faço o que eu quiser”. E sim, você tem livre arbítrio, mas é a Bíblia diz ao contrário do discurso de hoje, o nosso corpo não pertence a nós, é para servir ao Senhor.
O apóstolo Paulo situa o corpo do cristão como um membro de Jesus Cristo e o templo onde o Espírito Santo habita, que virá a ser restaurado por Deus na ressurreição dos mortos. Assim, o apóstolo explica que o cristão não pode fazer o que bem entender com o seu corpo, participando de relações sexuais contrárias aos mandamentos bíblicos, porque o corpo do cristão pertence a Deus.
“Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo.” 1 Coríntios 6:18 
A igreja havia se acostumado com tais práticas, aquela igreja não apenas apoiava o pecado, mas militava no   “politicamente correto” de forma que a aplicação da tolerância havia chegado ao extremo. É possível que não mais se levasse em conta o absoluto, o relativismo cultural já havia tomado conta da igreja. A igreja de Corinto, como algumas igrejas da atualidade, toleravam o pecado e, pior, em determinados contextos esse é assumido com naturalidade.
Entretanto, Paulo nos mostra em sua primeira carta ao povo de Corinto que a  igreja tem a função de alertar, informar e ensinar; porém, não de obrigar ninguém a adotar este ou aquele comportamento. Mas faz duros alertas, deixando ensinamentos sobre a imoralidade e, claramente, sobre a pornografia, que é uma grande preocupação da igreja nos tempos de hoje.
Muitos cristãos se acostumaram com o pecado   e  estão dando voz não a Deus, mas  ao mundo,  e nos acusando de sermos obsessivos pelo assunto. Eu me pergunto: como falar do amor cristão sem falar em santidade? E como podemos nós, reles mortais, relativizar princípios tão claros? Quem nos autoriza a fazer  isso? Quem nos dá este direito espiritual? Quem tem coragem de arriscar e manipular a palavra de Deus para agradar grupos e mídia? Eu não, pois não manipulo versículos para servir aos meus desejos, e quem tem juízo faça o mesmo. Princípios não podem ser mudados, ou não seremos mais igreja e Deus perderá sua função.
Na igreja cristã não há relativismo sexual, mas a sociedade cristã, que é a grande maioria, está se acostumando com esse relativismo sexual e, ao mesmo tempo, também relativizando a sexualidade em nosso meio. Deus nos advertiu sobre isso em vários textos, mas escolhi a carta de Paulo aos Coríntios por ser esta uma igreja que se parece muito com a igreja existente em nosso meio: pessoas se convertem, trazem seus comportamentos relativistas, e não pensam e nem querem mudança. No início, na fase do Leite espiritual, tudo bem; acredito que até Deus entende e espera nossa adaptação, mas chega um tempo em que é necessário fazermos escolhas e aceitar que fazer parte do cristianismo legítimo não cabe o relativismo sexual.
“Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine.” 1 Co 6:12
Não temos um Deus que condena a prática sexual, mas sim que nos dá a direção de como a viver.
O atributo do amor não lança fora a santidade. O sexo, para nós cristãos, é uma benção sim, é bom, é gostoso e é para ser vivido; porém, em quatro paredes e entre casais, casados, homem e mulher.
Sabemos que pessoas da sociedade que aprovam o relativismo sexual como algo bom para suas vidas não entendam nosso modo de viver, mas é fato que viver um para o outro e esperar por este momento e manter-se em fidelidade não é apenas um dever de um cristão, mas uma proteção contra doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e traumas emocionais. Se mantivermos um certo recato não serviremos como alimento para mentes doentias de pessoas que nos veem motivadas pelo erotismo e a banalização da sexualidade objetos sexuais.
Deus não nos pune nos aconselhando acerca da pornografia, da banalização da sexualidade e da imoralidade sexual; e sim nos protege de tantos abusos, tantos traumas e tantos problemas sociais, inclusive aqueles que só nos trarão infelicidade.
Um jovem cristão que resolve esperar tem risco zero de contrair doenças sexualmente transmissíveis, de contrair AIDS pela via sexual, gravidez indesejada e de ser traumatizada devida a amores que podem não dar certo. Então, não apenas nos protegemos, mas protegemos também a nossa  sociedade.
“Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna. Tenham compaixão daqueles que duvidam;  a outros, salvem, arrebatando-os do fogo; a outros, ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne.” Judas 1: 21-22
A pornografia é contra a vida. Rejeitar a pornografia não é ser negativo em relação à vida, pelo contrário, é a pornografia em si mesma que é niilista, reducionista e destrutiva, é uma influência negativa na sociedade e nas relações pessoais. Nós não precisamos pedir desculpas quando proclamamos amor, a não lascívia, e quando rejeitamos tudo o que não é o melhor para o homem e a mulher, feitos à imagem de Deus.
Referências
LOPES, H. D. I Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008.
MORRIS, L. I Coríntios: Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007.
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