"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. ” (1 João 3:16-18, BEARA).
Trecho Extraído do livro “Sinais
da Graça” de Phillip Yancey. Vale a pena refletir e repensar as nossa atitudes
e como temos nos posicionado perante o nosso Deus e o Seu reino.
Poderíamos acreditar – alguns o
fazem – que o único propósito da vida é sentir-se bem. Empanturrar-se,
construir uma bela casa, curtir pratos requintados, fazer sexo, ter boa vida. É
tudo o que há. Mas a presença do sofrimento complica imensamente este estilo de
vida – a menos que se prefira usar viseiras (como cavalos, ou óculos escuros
espelhados para que não vejam os nossos olhos).
É difícil acreditar que o mundo
está aí só pra que possamos fazer festa, quando um terço da população, todas as
noites, vai dormir com fome. É difícil acreditar que o propósito da vida
seja sentir-se bem, quando vemos adolescentes drogados na rodovia. Se eu tentar
fugir em busca do hedonismo, o sofrimento e a morte armam emboscadas a meu
redor, assombrando-me, lembrando-me de como a vida seria oca se este mundo
fosse tudo o que houvesse a descobrir.
Às vezes murmurando, às vezes
gritando, o sofrimento é um ‘rumor de transcendência’ dizendo que toda a
condição humana é uma confusão. Algo está errado com uma vida de guerra,
violência e tragédia humana. Quem quer se satisfazer com o este mundo,
quem quer acreditar que o único propósito da vida é o prazer, deve circular com
algodão nos ouvidos, pois o megafone da dor é muito alto.
É óbvio que posso voltar-me
contra Deus por ele permitir tanta miséria. Em contrapartida, a dor pode levar
a ele. Posso crer na garantia de Deus de que este mundo não é tudo o que existe
e apostar que ele está criando um lugar perfeito para aqueles que o
seguem num planeta eivado de dor.
É duro ser uma criatura. Nós
pensamos que somos suficientemente grandes para administrar nosso próprio mundo
sem essas coisas confusas como a dor e o sofrimento, que nos lembra de nossa
dependência. Pensamos que somos sábios o suficiente para tomar nossas próprias
decisões sobre moralidade, para viver de modo correto sem o megafone da dor
rompendo-nos os tímpanos. Estamos enganados, como prova a história do jardim do
Éden. Um homem e uma mulher, num mundo sem sofrimento, decidiram contra Deus.
Da mesma forma, nós que viemos
depois de Adão e Eva temos uma escolha. Podemos confiar em Deus. Ou podemos
culpar a Deus, não a nós mesmos, por este mundo.”
O quanto estamos alheios e
vivemos alheios a dor do outro? O quanto achamos que a fome é um problema do
outro, motivada pela preguiça e não pela ganância de alguns? Por que existe
dor? Por que existe miséria? Fome? Tudo isso, por um simples motivo, por que não
olhamos o próximo como “irmão”. Podemos acreditar que até exista um “Pai”; mas
não vemos o próximo como “irmão”. Enquanto perdurar em nós (que nos auto
denominamos de cristãos) esta atitude; enquanto formos egoísta, mesmo
compreendendo o amor de Deus, e continuarmos a ignorar o “próximo” não veremos
a glória de Deus e não tornaremos Deus visível neste mundo.
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